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Medidas do governo são pontuais, diz FecomercioSP

15:15 | 22/05/2012
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disse, em nota distribuída nesta terça-feira, que as medidas anunciadas na segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, têm "caráter pontual, seletivo e provisório". A entidade reconhece o esforço do governo em reduzir os juros, o que deve estimular o comércio e aquecer a economia. Mas critica a falta de uma visão mais ampla do governo e de um plano que "encare os problemas econômicos do Brasil como um todo e não atue somente a conta-gotas, com medidas pontuais para setores específicos".

"Indubitavelmente, qualquer medida que visa à redução da carga tributária é saudável para a economia, dado que esta é extremamente abusiva e, até por isso, tem grande capacidade de limitar ou estimular o consumo", diz a nota.

De acordo com a FecomercioSP, o governo tem passado a impressão de que os interesses setoriais podem se sobrepor a um projeto mais amplo de estímulo à economia, com benefícios a todo sistema produtivo, e não apenas àqueles que detêm maior representatividade econômica e política.

A FecomercioSP afirma, na nota, que não "há como manter o nível de consumo interno se apoiando apenas em segmentos isolados e apela para que as autoridades econômicas também estendam esses estímulos fiscais para todos os demais setores da economia, principalmente para as micro e pequenas empresas, que são as maiores geradoras de emprego no País".

A FecomercioSP reafirma a necessidade de um programa mais articulado e abrangente, com ações de política econômica que deem sustentação para a economia continuar mantendo um nível razoável de crescimento e, principalmente, possibilitando a manutenção dos bons níveis de emprego e novos incrementos na massa de rendimentos da população.

Para tanto, a Federação destaca a importância de se rever os mecanismos que estão contribuindo para a alta do dólar, como o arsenal de restrições e a tributação para o ingresso de capitais estrangeiros. Mecanismos desnecessários em um momento em que o próprio mercado tem impulsionado a alta do dólar.

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