Mantega nega estudo para retirar IOF sobre derivativos
A avaliação é de que o câmbio está em um patamar confortável. Por isso, possíveis intervenções do governo no curto prazo seriam apenas por meio do Banco Central, para evitar volatilidade no mercado. Assim como atuou quando o dólar chegou a R$ 2,10, o BC pode voltar a vender dólar no mercado para segurar a cotação perto dos R$ 2,00. Para o governo, as intervenções da autoridade monetária têm surtido o efeito necessário.
Além disso, segundo uma fonte, não foi identificado um movimento de fuga de capitais que justificasse um afrouxamento das medidas cambiais em vigor, apesar das pressões dos agentes no mercado de câmbio.
O governo monitora diariamente os acontecimentos na Europa. Havendo um agravamento da situação econômica internacional, nenhuma medida está descartada, inclusive o afrouxamento total das chamadas medidas macroprudenciais, que foram adotadas pelo BC em dezembro de 2010.
A estratégia é manter o acompanhamento do panorama na Europa e, ao menor sinal de contágio na economia brasileira, avaliar novas medidas. O compromisso do governo é evitar uma freada brusca na atividade econômica e intensificar ações para destravar o crédito e os investimentos. Em entrevista à Agência Estado em meados do mês, o ministro Mantega definiu que o pior cenário seria a saída da Grécia da zona do euro.