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Greve da construção civil continua até acordo sobre dias parados

A ilegalidade da greve não impediu que os operários continuassem fazendo passeata. Eles pretendem fechar acordo sobre os dias parados

07:41 | 31/05/2012

Atualizada às 12h40

Apesar de ter sido considerada ilegal a paralisação dos trabalhadores da construção civil que já se estende por 24 dias, os operários continuam em greve. Eles pretendem continuar em greve até que seja fechado um acordo sobre os dias parados. A definição foi dada em assembleia geral da categoria no final da manhã desta quinta-feira, 31.

Na manhã desta quinta-feira, 31, eles fizeram passeata pela praia de Iracema, seguindo pelas avenidas Rui Barbosa e Historiador Raimundo Girão. A partir das 9h, deverá acontecer assembleia da categoria para definir os rumos da movimentação.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (Sticcrmf), a categoria está disposta a voltar aos trabalhos na sexta-feira, 1º, desde que seja fechado um acordo sobre os dias parados. O Sindicato destacou ainda que está disposto a negociar empresa a empresa de acordo com a realidade de cada obra.

Sem acordo

Em nota enviada ao O POVO Online o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), destacou que não foi possível fechar acordo depois de 14 rodadas de negociação. As clausulas econômicas foram negociadas, mas há controversas em relação aos reflexos dos dias parados pelo movimento grevista.

“Em flagrante desrespeito à Lei de Greve, o Sindicato dos Trabalhadores quer pressionar cada empresa para que os dias não trabalhados sejam pagos e negociados em acordos individuais, gerando greves paralelas que, inclusive desrespeitam a legitimidade e representatividade sindical da classe patronal”, destacou a nota do Sinduscon.

Por isso, a decisão caberá ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), “que já instaurou a instância para análise da convenção coletiva”.

Greve considerada ilegal

Na quarta-feira, 30, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 7ª Região considerou que a paralisação da categoria era ilegal. O Tribunal determinou que os trabalhadores da construção civil retomassem ao trabalho imediatamente sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A resolução determinou que “se suste o movimento IMEDIATAMENTE e RETORNEM todos os trabalhadores nele envolvidos a seus postos de trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser imposta ao STICCRMF”.

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