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Exportação à Argentina cai 23% em abril ante abril/2011

17:38 | 02/05/2012
As exportações para a Argentina tiveram uma queda de 23% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado acendeu uma luz vermelha no governo brasileiro, que solicitou uma reunião com o governo argentino para discutir saídas que possam melhorar o comércio bilateral.

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, disse na tarde desta quarta-feira que o encontro deve ocorrer ainda na primeira quinzena deste mês. Ele ponderou que não são apenas as barreiras impostas pela Argentina aos produtos brasileiros as responsáveis pela queda nas vendas do Brasil.

Teixeira disse que a situação econômica difícil do país vizinho provocou uma retração do comércio argentino com todos os países. "Mas não estamos negando que as medidas que o governo argentino tem tomado estejam diminuindo as nossas exportações", disse. "Vamos ver no que podemos auxiliar para que a economia argentina não continue piorando. Uma piora da Argentina é ruim para o comércio com o Brasil e para a região como um todo."

O secretário observou que o Brasil pode, por exemplo, conceder financiamento para o comércio bilateral. "A Argentina tem dificuldade de obter financiamento externo."

Patamar elevado

A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, relatou a jornalistas que as exportações e as importações brasileiras estão em patamar elevado, ainda que tenha havido uma retração em abril na comparação com o mesmo mês de 2011. Segundo ela, está havendo uma consolidação da média diária obtida em anos anteriores.

A secretária destacou que 2011 é uma base de comparação bastante elevada. "2011 foi um ano excepcional para o comércio exterior brasileiro." Ela lembrou que tanto a Organização Mundial do Comércio (OMC) quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziram suas previsões para o comércio mundial. "A OMC e o FMI têm a visão de que comércio mundial crescerá muito menos em 2012 que no ano passado." A previsão do FMI é de uma expansão global de 3,8% este ano.

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