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Cerca de 800 operários tentam invadir obra na Praça Portugal

50 policiais do Batalhão de Choque passaram a manhã no local fazendo a segurança

10:04 | 08/05/2012

Atualizada as 14h10min

Cerca de 800 trabalhadores da construção civil estavam na manhã desta terça-feira, 8, na esquina da avenida Desembargador Moreira realizando manifestação. Eles teriam tentado invadir uma obra próxima à Praça Portugal e jogaram pedras contra 50 policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) que estavam no local fazendo a segurança da obra. No entanto, nenhuma invasão foi efetivada.

Ao todo, 500 policiais foram deslocados para acompanhar as manifestações dos trabalhadores em diversos pontos.

No primeiro dia de greve, os operários estão decidindo quais serão os próximos passos. Diariamente eles fazem assembleias para discutir se paralisam ou continuam a greve.

20 canteiros são paralisados, segundo Sinduscon

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE) informou que os operários paralisaram pelo menos 20 canteiros na manhã de hoje. 

“Faz-se necessário o cessar das invasões de canteiros de obras e a flexibilização da pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores, que está fora da realidade econômica brasileira, já que nenhuma categoria laboral recebeu reajuste médio de 18,5%”, manifestou-se o Sinduscon, por meio de nota.   

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Imagens: Fábio Lima

Trânsito

A Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC) bloqueou três vias em decorrência da manifestação.

Estão interditados os trechos da avenida Osvaldo Cruz com Dom Luís, rua Marcos Macedo com Visconde de Mauá e outro ponto na entrada da Praça Portugal.

De acordo com o supervisor de operações da AMC, Alex Araújo, ainda podem ser interditados outros pontos, chegando a oito o número de bloqueios. Apesar da presença dos agentes, o trânsito está lento no local. A AMC recomenda que os motoristas evitem transitar pela Praça Portugal.

» Veja imagens das manifestações

Trabalhadores

Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (Sticcrmf), Nestor Bezerra, lamentou a greve e disse que Sinduscon-CE não tinha disposição para negociar.

Os trabalhadores exigem um reajuste de 17%, mas o Sinduscom-CE ofereceu 6,5%. De acordo com o sindicato, dos 650 canteiros de obras existentes em Fortaleza e na Região Metropolitana de Fortaleza, 500 já aderiram à greve.

Redação O POVO Online, com informações da repórter Teresa Fernandes

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