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Barroso: Grécia deve se ater aos compromissos

21:21 | 20/05/2012
A Grécia não deve esperar que seus credores internacionais recuem com qualquer concessão significativa para o programa de austeridade acertado no início deste ano, afirmou neste domingo o presidente da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), José Manuel Barroso.

As declarações foram feitas ao Wall Street Journal após a reunião de cúpula do grupo das oito maiores economias do mundo (G8), realizada em Camp David, nos Estados Unidos. Barroso descreveu que a questão do lançamento de títulos mútuos dos governos da zona do euro é um "trabalho em evolução", mas ponderou que as condições ainda não foram determinadas.

Segundo Barroso, as eleições na Grécia no mês que vem são "sobre o futuro do país". Ele negou ser dogmático, mas sua mensagem foi inflexível: que os eleitores e políticos gregos não esperem grandes mudanças no pacote de ajuda acordado em março.

Segundo autoridades, o G8 debateu na reunião o tipo de mensagem que deve ser enviada aos eleitores gregos. Autoridades disseram que os líderes tentaram passar uma mensagem positiva sobre a permanência da Grécia na zona do euro - mas também buscaram refletir opiniões daqueles liderados pela chanceler alemã, Angela Merkel, que querem evitar sinalizar que a Grécia pode esperar um "passeio gratuito" de seus credores depois das eleições.

"A Grécia é parte de nossa família. Não queremos dividir nossa família, portanto queremos que eles fiquem conosco. Ao mesmo tempo, esperamos que as autoridades da Grécia respeitem os compromissos que assumiram", declarou Barroso, acrescentando que, dentro da zona do euro, há outras 16 democracias cujos interesses também devem ser levados em conta. Segundo ele, é "muito importante" que a Grécia cumpra seus acordos, "pois isso tem a ver com a credibilidade e a estabilidade do projeto (do euro)".

Barroso afirmou que a Comissão vai analisar outras formas com que poderia ajudar a Grécia, como, por exemplo, direcionando mais fundos de investimento ao país. O acordo anterior também poderia ser ajustado, como ocorreu com outros países que precisaram de ajuda, como Irlanda e Portugal. "Por favor não entendam isso como uma flexibilidade indevida. Estou dizendo: atenham-se aos compromissos." As informações são da Dow Jones.

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