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Abastecer com etanol segue desvantajoso em São Paulo

16:50 | 03/05/2012
Abastecer o carro com álcool combustível segue desvantajoso na cidade de São Paulo. A relação entre os preços do etanol e da gasolina acelerou em abril na comparação com março e ficou em 70,38%, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A taxa superou a verificada no mês anterior, de 69,53%. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira pelo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, durante entrevista coletiva na capital para comentar a inflação de 0,47% em abril.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50% a utilização de gasolina ou etanol no tanque é considerada indiferente.

Apesar da aceleração, a relação entre o valor do etanol da gasolina registrada em no mês passado ficou abaixo do verificado em abril de 2011, quando atingiu 80,80%. "A taxa se afastou bastante do resultado do mesmo mês do ano passado. Desde janeiro de 2012 essa relação tem ficado próxima a 70%", disse. No primeiro mês deste ano, a taxa fora de 70,82%, enquanto em fevereiro e março ficou em 68,53% e 69,53%, respectivamente.

De acordo com a Fipe, o preço médio do etanol apresentou variação positiva de 0,88%, enquanto o da gasolina cedeu 0,38%. Para Costa Lima, a tendência é de que os preços do álcool combustível diminuam o ritmo de alta. "Há informações de que os preços estão caindo nas usinas e logo tendem a ser repassados ao consumidor", disse.

Costa Lima, contudo, acredita que, se os preços do etanol chegarem a cair, a queda deve durar pouco, já que há expectativa de que a atual safra será menor. "A tendência é de que os preços fiquem menos pressionados por pouco tempo", afirmou.

Além da influência da inflação de etanol, o grupo Transportes, que subiu 0,18% no fechamento de abril, foi impulsionado pelo aumento no preço de seguros de automóveis, que avançou 2,45%. Mas o grupo deve perder força e sair de uma alta de 0,18% em abril para elevação de 0,12% em maio.

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