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Só PSI e Resolução 72 terão efeito imediato, diz LCA

14:05 | 03/04/2012
O pedido feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que os parlamentares aprovem a Resolução nº 72, que tramita no Congresso, e a ampliação de diversas linhas de crédito voltadas ao investimento das empresas são, dentre todas as medidas de incentivo ao setor produtivo anunciadas nesta terça-feira pelo governo, as que podem ter impacto imediato no setor, avaliou o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges.

No que tange à Resolução nº 72, Borges entende que é de suma importância acabar com a chamada Guerra dos Portos, que consiste em governos estaduais concederem incentivos fiscais a produtos importados. "É uma distorção que gera impostos de importação negativos", diz o economista. "Trata-se de uma medida de defesa e não de proteção", ressalta.

Quanto à capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que segundo anúncio feito pelo governo receberá um aporte de R$ 45 bilhões para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), Borges considera positiva a medida, mas diz ter dúvida se haverá demanda para esses recursos. A dúvida, de acordo com ele, é alimentada pelo fato de o BNDES ter emprestado menos no primeiro trimestre deste ano por simples falta de demanda, uma vez que recursos para emprestar existiam.

O que poderá mudar o quadro, de acordo com Borges, é a combinação de um estado de maior ânimo dos empresários da indústria na passagem do primeiro para o segundo trimestre com a ampliação do PSI, que teve o prazo para contratação estendido até 31 de dezembro de 2013. "As empresas poderão, com isso, ficar mais animadas e passar a demandar mais crédito".

O economista avalia ainda que as demais medidas, como as desonerações, por exemplo, são importantes, mas de efeitos de médio e longo prazo. Daqui a dois ou ou três anos, estima.

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