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Paralisação do Acquario não altera cronograma

O secretário Bismarck Maia garantiu que não haverá alteração no cronograma e nem no investimento inicial. A expectativa é de entrega do equipamento em dois anos com um custo de US$ 150 milhões

11:18 | 16/04/2012
A paralisação de 16 dias das obras do Acquario Ceará não levará a um atraso no cronograma. O valor inicial do empreendimento, US$ 150 milhões, também está mantido, segundo o titular da Secretaria de Turismo do Governo do Estado (Setur), Bismarck Maia. Ele concedeu entrevista à imprensa na manhã de hoje, 16.

O retorno das construções na última sexta-feira, 13, foi adiantado com exclusividade por O POVO. Guindastes deram início aos trabalhos de colocação vertical das estacas. Maia explicou que o prazo para a conclusão das estruturas é de 10 meses e em dois anos o equipamento será inaugurado. O estudo arqueológico, que estava no centro do impasse, será realizado simultaneamente à obra, de acordo com ele.

O secretário disse ainda esperar que não haja nova interrupção nas obras porque "todo o processo de licenciamento foi rigorosamente cumprido". Bismarck adiantou que o empréstimo de US$ 108 milhões com o banco norte-americano Export-Import Bank deverá estar liberado até o final deste mês. Nos próximos dias, Bismarck Maia irá a Washington para reunir-se com os credores do banco. Os demais US$ 42 milhões serão de contrapartida do Governo do Estado.

A expectativa do Governo é já nos primeiros quatro, cinco anos recuperar os valores investidos na obra. Além disso, deverá incrementar o número de turistas no Estado. “Nós vamos dobrar a capacidade de turistas nos três primeiros anos em que o Acquario estiver funciona”, destacou.

Paralisação

A obra foi paralisada durante 16 dias porque houve denúncias de irregularidade no Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima), que não estaria contemplando a possibilidade de o local vir a ser um sítio arqueológico.

Organizações que são contra a construção do empreendimento na Praia de Iracema denunciaram que o EIA/Rima não conteria estudos arqueológicos obrigatórios, que deveriam ser analisados e aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As obras do Acquario foram suspensas pelo Governo do Estado no dia 22 de março. O Governo acatou recomendação do Ministério Público.

Na última sexta-feira, 13, foi publicado no Diário Oficial da União o processo que autoriza o trabalho de arqueologia e libera a obra.

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