A proporção de endividados do sexo masculino teve redução expressiva, passando de 17,9%, em março, para 13% em abril, segundo revelou a Pesquisa do Perfil de Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).

As mulheres são maioria no grupo dos inadimplentes (7,2% de taxa de inadimplência potencial), ou seja, de consumidores que não têm condições de honrar seus compromissos financeiros. A inadimplênia predomina entre as mulheres com idade acima de 35 anos (6,2%), e renda familiar inferior a cinco salários mínimos (6%).

A pesquisa revela 61,3% dosssuem algum tipo de dívida. O resultado está 2,6 pontos percentuais abaixo do verific consumidores da capital cearense poado em março (63,9%), reafirmando a tendência de queda iniciada no mês passado. A pesquisa também mostra a queda na proporção de consumidores com contas em atraso e no percentual do comprometimento da renda familiar com o pagamento de dívidas.

Cartão de crédito

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citado por 80% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 12,1%; os carnês e crediários, com 9,7% das respostas; e os empréstimos pessoais, com 8,4%.

O consumidor utilizou o crédito para a compra de itens de alimentação (44,2% das respostas), artigos de vestuário (37%), eletroeletrônicos (36,4%) e a realização de despesas de educação (16,9%).

valor médio das dívidas atingiu o patamar de R$ 1.027 e a parcela da renda dos consumidores comprometida com o seu pagamento teve redução de 1,1 pontos percentual, passando de 28,3%, em março, para 27,2%, em abril.

Renda

A renda encontra-se mais comprometida com dívidas no grupo de consumidores com renda familiar superior a dez salários mínimos (31,3%), do gênero masculino (28,2%) e na faixa etária entre 25 e 34 anos de idade (28,3%).

A ampla oferta de financiamento tem modificado o perfil do endividamento do consumidor de Fortaleza, ainda que se concentre no curto prazo, com 74,6% das dividas em prazos inferiores a um ano e prazo médio de sete meses.

Redação O POVO Online