PUBLICIDADE
Notícias

Governo rejeita proposta de reduzir dívida dos estados

Estados consomem entre 11,5% e 15% da Receita Líquida Real todos os meses para pagar as dívidas com a União. O Confaz defende que o percentual seja reduzido para 9% a fim de não comprometer a capacidade de investimento dos estados

07:35 | 17/04/2012
A equipe econômica rejeitou a sugestão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de reduzir a parcela de imposto que os estados pagam todos os meses para quitar a dívida com a União. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil.

Atualmente, os estados consomem entre 11,5% e 15% da Receita Líquida Real (RLR) todos os meses para pagar as dívidas com a União. O Confaz defende que o percentual seja reduzido para 9% a fim de não comprometer a capacidade de investimento dos estados.

Segundo o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, não foi possível chegar a um acordo para a compensação dos estados afetados pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual para mercadorias importadas.

Assim como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que se encontrou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Colombo disse que tentará negociar, no Senado, a criação de um prazo de transição.

Alíquotas de ICMS


A alteração do indexador da dívida dos estados foi oferecida pelo governo como uma das formas de compensar os estados afetados pela diminuição das alíquotas do ICMS interestadual. Na semana passada, o Confaz, conselho que reúne os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, apoiou a mudança do índice, mas também reivindicou a redução da parcela da RLR comprometida com o pagamento da dívida.

A RLR representa a receita dos estados, excluídos os recursos obtidos com operações de crédito, alienação de bens, transferências voluntárias, doações para investimentos e transferências obrigatórias dos estados aos municípios.

O acordo que refinanciou a dívida de estados e municípios com a União, no fim da década de 1990, estabeleceu a correção da dívida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 6%, 7,5% ou 9% ao ano, dependendo do caso.

TAGS