Telefônica vai cortar 1,5 mil empregos
Cristiane do Nascimento, diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações (Sintetel), afirmou que a empresa planejava cortar um número ainda maior de funcionários. "Foi cogitado um corte de 2 mil pessoas", disse ela, que participou das negociações com a Telefônica. A Telefônica não comentou a decisão.
Apesar de a redução ser equivalente a 7,5% do pessoal, Cristina considerou que o plano de demissão voluntária, com o pacote de benefícios oferecidos pela Telefônica, foi um bom resultado para o acordo. "Muitos aposentados e pré-aposentados têm a intenção de sair", disse a diretora do Sintetel. "O mercado está aquecido, principalmente nas áreas técnicas. Algumas pessoas podem sair por terem uma oportunidade melhor."
A Telefônica está oferecendo, a quem aderir à demissão voluntária, meio salário-base por ano trabalhado; indenização mínima de um salário e máxima de 10 salários, independentemente do tempo do contrato de trabalho; seis meses de plano de saúde; serviço de apoio à transição de carreira; doação do celular funcional; e o não desconto dos valores do vale refeição ou alimentação no mês de desligamento.
Os interessados têm até a próxima quarta-feira para aderir ao plano. Ainda não está definido o que será feito se a adesão não alcançar os 1,5 mil postos que são a meta da Telefônica. "Se não acontecer, vamos ter de negociar e decidir depois", disse Cristiane.
A Telefônica vai analisar individualmente cada inscrição de funcionário ao plano, e pode decidir que não interessa a ela demiti-lo. "Se todo um setor resolver aderir, a Telefônica pode decidir manter alguns funcionários, para que o setor continue funcionando", afirmou a diretora do Sintetel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.