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Selic vai estimular investimentos, diz Coutinho

14:26 | 09/03/2012
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que a redução da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC) na quarta-feira, levando a Selic para um dígito, foi positiva para estimular a ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo no País. "Sempre que há redução dos juros, diminui o custo de capital, o que torna muitos projetos de investimentos mais favoráveis", comentou, ressaltando que não faz comentários sobre decisões de política monetária por ser uma prerrogativa do BC.

Segundo Coutinho, mais relevante do que um movimento de queda dos juros é a perspectiva de expansão duradoura do Produto Interno Bruto (PIB), com inflação sob controle. "É muito importante a sustentabilidade do crescimento da economia. Nós já temos vários exemplos de (países com) juros negativos e falta de confiança. É preciso que exista confiança", disse, após assinar acordo de cooperação técnica entre o BNDES e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

"O Brasil tem fronteiras de investimentos muito rentáveis, uma política macroeconômica sólida e podemos consolidar essa confiança. Nesse contexto, qualquer redução do custo de capital é favorável ao estímulo ao investimento", destacou.

Coutinho ressaltou que a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que baliza os financiamentos concedidos pelo BNDES, não deve baixar em razão de queda da Selic de 10,50% para 9,75% ao ano. Ele destacou que o nível da TJLP obedece uma base própria de cálculo, fundamentada na inflação de longo prazo do Brasil mais a taxa de risco-país.

O acordo de cooperação técnica do BNDES com a Febraban visa aprofundar a troca de informações e ideias entre as instituições em assuntos vinculados ao sistema financeiro e ao desenvolvimento da economia do Brasil. Para Coutinho, os bancos comerciais podem contribuir para ampliar a geração de poupança e de investimentos no País, dado que há uma ampla demanda reprimida em diversos setores da economia, desde consumo de bens não duráveis, construção de imóveis e projetos de infraestrutura, fundamentais para reduzir gargalos na área de transportes, como os relativos a portos, rodovias e aeroportos.

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