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Petrobras avalia propostas para apólice de seguro

A renovação do seguro da Petrobras neste ano deve ser influenciada pelos vazamentos da Chevron no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ)

07:04 | 28/03/2012
A Petrobras começou a avaliar as propostas para renovar a sua apólice bilionária de seguro. O valor do contrato é de US$ 100 bilhões, o maior do Brasil, de acordo com fontes ouvidas pela Agência Estado. O prazo para envio das propostas das companhias interessadas terminou na última sexta-feira e atraiu seguradoras como Itaú Unibanco, Bradesco, a alemã Allianz, a espanhola Mapfre, a japonesa Tokio Marine e a suíça Zurich.

A cobertura inclui plataformas marítimas, refinarias, terminais, navios, transporte nacional e internacional de petróleo e demais instalações. O seguro tem de ser fechado até o início de junho, prazo de vencimento da apólice atual, que está com a Itaú Seguros. Quem ganhar o contrato vai cuidar da apólice até junho de 2013.

Risco compartilhado

Pelos enormes valores envolvidos, algumas propostas foram entregues para a Petrobras na forma de cosseguro, quando as seguradoras se juntam e dividem os riscos entre si. Segundo uma fonte, que prefere não ter o seu nome identificado, a Itaú Seguros enviou uma proposta para concorrer à liderança da apólice da Petrobras em 2012 e tem a Bradesco Seguros como cosseguradora. No ano passado, a Itaú foi líder com 50% do contrato, junto com a Allianz (30%) e a Mapfre (20%). Além disso, boa parte do risco é repassado depois para as resseguradoras.

A renovação do seguro da Petrobras neste ano deve ser influenciada pelos vazamentos da Chevron no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), o primeiro em novembro e o outro identificado no dia 4 de março, além de outros acidentes menores. A expectativa é que os prêmios pagos tenham alta por conta desses vazamentos.

No ano passado, os prêmios ficaram em US$ 50 milhões, para uma importância segurada de US$ 95 bilhões. Neste ano, os especialistas falam em algo entre US$ 55 milhões e US$ 60 milhões. Mas, pelos critérios da licitação, vence quem sugerir o menor preço. E como uma seguradora não sabe o valor da proposta da outra, não seria surpresa se os prêmios vierem até em linha com os US$ 50 milhões do contrato de 2011.

Nos últimos dois anos, Itaú Unibanco, Mapfre e Allianz venceram a licitação e ficaram com a apólice. Em 2011, uma cláusula no contrato possibilitou a prorrogação da apólice por mais 12 meses sem a realização de uma nova licitação. Procurada pela Agência Estado, a Petrobras não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

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