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Confiança do consumidor teve leve alta em março

O Inec é composto por seis indicadores: expectativas de inflação, desemprego, situação financeira e compras de bens de maior valor; além de percepções sobre endividamento e evolução da renda pessoal

12:26 | 30/03/2012
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 113,2 pontos em março. Isso representa uma leve alta em relação a fevereiro, quando o indicador foi de 112,8 pontos. Ainda assim, o valor está abaixo do registrado em março do ano passado, quando o Inec marcou 114,5 pontos. Para a confederação, o resultado indica que a confiança do consumidor mantém-se estável em 2012.

"Os resultados da pesquisa desenham um cenário sem aumento do consumo de modo geral. Se por um lado a percepção sobre a inflação melhorou, a expectativa em relação ao desemprego piorou. O mesmo acontece com os demais indicadores. A perspectiva de melhora na renda pessoal aumentou, mas a de situação financeira em relação aos três meses que passaram está pior", analisa o economista da CNI Marcelo Azevedo.

O Inec é composto por seis indicadores: expectativas de inflação, desemprego, situação financeira e compras de bens de maior valor; além de percepções sobre endividamento e evolução da renda pessoal. O índice é elaborado a partir de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional conduzida pelo Ibope Inteligência junto a 2.002 pessoas. Nesta mais recente edição, a coleta de informações foi realizada no período de 16 a 19 de março.

A CNI explica que o aumento no indicador reflete melhora no item avaliado. Considerando esse critério, houve melhora da percepção dos brasileiros em relação ao aumento de preços. O indicador de expectativa de inflação marcou 106,2 pontos em março (ante 101,3 pontos, em fevereiro; e 111,2 pontos, em março do ano passado). Parcela de 63% do público consultado afirmou que a inflação "vai aumentar muito" ou "vai aumentar".

O destaque negativo, avalia a CNI, é a maior preocupação com o mercado de trabalho. O indicador sobre a expectativa de desemprego ficou em 125,4 pontos na pesquisa deste mês (ante 127,4 pontos, em fevereiro; e 132,8 pontos, em março de 2011). Parcela de 45% dos consultados afirmou que o desemprego "vai aumentar muito" ou "vai aumentar". Para 23% do público da pesquisa, no entanto, o desemprego vai diminuir. Outros 31% disseram que "não vai mudar". O índice de expectativa de renda pessoal de março ficou em 114,9 pontos (frente 114,1 pontos, em fevereiro; e 116,1 pontos, em março do ano passado).

O indicador que mede a percepção sobre a situação financeira, em relação aos três meses anteriores, alcançou 114,0 pontos (ante 115,7 pontos, em fevereiro; e 111,6 pontos, em março de 2011). O índice sobre endividamento marcou 108,3 pontos este mês (ante 106,5 pontos, no mês passado; e 109,4 pontos, em março de 2011). O índice sobre compras de bens de maior valor ficou em 111,9 pontos (frente 112,4 pontos, em fevereiro, e 111,1 pontos, em março do ano passado).

Marcelo Azevedo avalia que a situação financeira do consumidor brasileiro ainda não preocupa porque está num patamar historicamente elevado, com índice de 114 pontos. Segundo ele, a melhora no indicador de endividamento não se traduz necessariamente em diminuição da inadimplência. "Este indicador mostra que há menos consumidores aumentando a dívida", afirma o economista da CNI.

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