Argentina minimiza tensão comercial na América do Sul
A Argentina tem enfrentando críticas de seus parceiros comerciais da região por ser bastante agressiva na utilização de barreiras comerciais formais e informais.
"Todos os países da região cresceram muito nos últimos anos e nós temos importantes laços comerciais", Lorenzino disse nos intervalos de conferência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizado em Montevidéu, no Uruguai.
O ministro disse também que em todo período de importante crescimento ocorrem tensões. "Eu penso que existe um objetivo comum de dar uma melhor qualidade de vida para nosso povo e isso resolve qualquer tensão", disse.
A América do Sul tem registrado quase uma década de crescimento graças à demanda da Ásia por matéria-prima que elevou os preços dos produtos exportados da região, como petróleo, grãos, metais e outras commodities.
A indústria pesada da América do Sul, especialmente a brasileira e argentina, também se beneficiou do crescimento, que criou dezenas de milhões de novos consumidores de classe média. A Argentina ressuscitou políticas de substituição de importação para proteger a indústria local e criar novos empregos em fábricas ao forçar multinacionais a produzir seus produtos no país.
Mas medidas protecionistas foram intensificadas nos últimos meses ao ponto em que os principais parceiros argentinos na América do Sul começaram a fazer críticas abertas ao governo. As câmaras de comércio do Brasil, Chile e Uruguai criticam abertamente as barreiras argentinas.
Desde fevereiro, os importadores argentinos tem que obter autorização da autoridade fiscal, do secretariado de comércio e de outras agências governamentais antes de trazer mercadorias para o país. As informações são da Dow Jones.