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Abimaq quer alíquota de 1% sobre faturamento

14:14 | 20/03/2012
O primeiro-vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Cardoso, informou que o setor solicitou hoje ao governo uma alíquota de 1% de contribuição sobre o faturamento, em troca da desoneração da folha de pagamento das empresas.

Segundo Cardoso, simulações feitas pelo setor mostram que a contribuição sobre o faturamento, com essa alíquota, trará "muito benefício" ao setor, porque desonera as exportações e retira da tributação a sazonalidade das empresas. "O nosso setor vive uma sazonalidade grande. Quando temos um faturamento alto ou baixo pagamos o mesmo sobre a folha de salários. Agora vamos pagar mais imposto quando o faturamento for mais alto", explicou Cardoso, ao deixar o Ministério da Fazenda, onde se reuniu com o ministro Guido Mantega.

Cardoso disse que o governo informou que irá aumentar a tributação da Cofins para bens de capital. O representante da Abimaq disse que a alíquota de 1% sobre o faturamento beneficia todos os segmentos da cadeia e que em caso de uma alíquota maior precisa ser analisado caso a caso. Segundo ele, em nenhum momento o ministro sinalizou o porcentual que será adotado.

Cardoso disse que o setor emprega diretamente 265 mil pessoas e teve um faturamento de R$ 80 bilhões em 2011. Na avaliação do executivo a alíquota de 1% vai trazer competitividade para a indústria de maquinas e equipamentos. "O governo sabe que precisa trazer competitividade ao setor. Estamos no bom caminho", disse. "Achamos que o governo vai atender aos nossos reclamos."

Cardoso disse que em nenhum momento o ministro falou sobre a garantia da manutenção de emprego, em contrapartida à desoneração da folha. No entanto, afirmou que o setor considera que tem condições de gerar mais 50 mil empregos em dois anos, caso a medida seja adotada.

O representante da Abimaq também defendeu a redução do juros para o programa de sustentação do investimento (PSI) do BNDES. Segundo ele, em 2009 e em 2010 "o PSI salvou grande parte do nosso faturamento, mas hoje não é uma ferramenta tão importante". Isso porque, explicou, após o auge da crise o governo aumentou as taxas de juros do programa. "Queríamos que as condições especiais retornassem. O PSI para a indústria de bens de capital é sangue na veia", comparou. No lançamento do PSI as taxas de juros eram de 4,5%.

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