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São Paulo quer ter centro de monitoramento do pré-sal

13:55 | 02/02/2012
O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, disse hoje que o Estado se ofereceu para receber um centro de monitoramento para a exploração do pré-sal. Segundo ele, o monitoramento seria voltado não apenas a eventuais vazamentos, mas também a outras atividades relacionadas ao desenvolvimento do pré-sal, envolvendo tanto a Petrobras como outros operadores e seus fornecedores.

"Achamos que esse é o procedimento mais objetivo que nós temos a fazer no curto prazo", afirmou ao ser questionado sobre o posicionamento do governo paulista em relação ao vazamento de petróleo ocorrido anteontem na Bacia de Santos, a 250 quilômetros de Ilhabela, litoral de São Paulo.

Ele também defendeu que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deveria ser sempre considerada em seus questionamentos sobre o que for liberado pelo Ibama. Conforme lembrou o secretário, a Cetesb havia sugerido iniciativas adicionais ao plano emergencial de contenção de acidentes apresentado pela Petrobras para a exploração do pré-sal na Bacia de Santos. "Mas isso é dentro de um espírito que não é conflitivo, é de colaboração e de prevenção. Nós tivemos três episódios nos últimos meses que deixaram um certa inquietude", acrescentou Aníbal, lembrando também do vazamento da Chevron em Campos, e do vazamento da Transpetro no Rio Grande do Sul.

O secretário participou hoje de evento de assinatura de protocolo de intenções com a empresa italiana Saipem, fornecedora de serviços à Petrobras. A empresa pretende construir uma Base Logística de Dutos Submarinos no litoral de São Paulo.

Protocolo de intenções

Aníbal disse que um protocolo de intenções com a Petrobras poderá ser assinado em breve. Em novembro do ano passado, o governo paulista se reuniu com o então presidente da estatal à época, José Sergio Gabrielli, para pedir parcerias que levem ao desenvolvimento da indústria do petróleo e gás no Estado. Entre as solicitações estava a criação, no Estado, de um Parque Tecnológico de Petróleo e Gás da estatal.

Ele disse que há duas semanas a presidência da Petrobras se manifestou sugerindo a assinatura do protocolo de intenções entre estatal e o governo paulista "o quanto antes". "Por nós, nenhum problema. Assinamos e depois terminamos de concluir todos os procedimentos relativos ao protocolo. A minha expectativa é de que isso ocorra logo. A sinalização havia sido que isso poderia ser feito assim que Gabrielli voltasse de Davos". Ele acredita que o centro de pesquisa fará parte do protocolo de intenções, mas indicou que o centro de monitoramento provavelmente será discutido à parte.

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