Os preços dos Treasuries caíram, com respectivo movimento inverso dos juros, após as autoridades europeias chegarem a um acordo sobre a liberação de mais � 130 bilhões em empréstimos à Grécia. Os mais otimistas encararam a notícia como um sinal de progresso na resolução da crise das dívidas soberanas da zona do euro, mas os mais céticos acham que o acordo pode minguar porque as exigências para a liberação dos recursos são muito austeras.

Na madrugada de hoje, as autoridades europeias concordaram que a Grécia receba mais financiamento, desde que uma parcela dos credores privados do país aceite participar voluntariamente de uma operação de troca de títulos que resultaria no perdão de 53,5% da dívida grega detida pelo setor - cerca de � 200 bilhões. Com isso, espera-se que a Grécia consiga reduzir seu nível de endividamento para perto de 120,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. Atualmente, essa taxa está em 164%.

Segundo Mary Ann Hurley, vice-presidente de negócios da D.A. Davidson & Co., os termos acertados entre as autoridades europeias "deixam a possibilidade de um default desordenado mais longe". Apesar disso, "a Grécia dificilmente conseguirá cumprir todas as medidas de austeridade e manter um ritmo sustentado de crescimento", conforme prevê o plano de resgate do país.

Para Ian Lyngen, estrategista de bônus soberanos do CRT Capital Group, "o processo de implementação das exigências ainda traz riscos significativos e, mesmo que a execução seja fluida, o acordo não fará muito para abordar os desafios de competitividade de longo prazo que atingem a economia grega".

No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,206%, de 3,145% na sexta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,060%, de 2,004%; o juro das T-notes de dois anos estava em 0,302%, de 0,278%. As informações são da Dow Jones.