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MTE vê reação do emprego na indústria em janeiro

O comportamento favorável da agricultura foi decorrente de desempenhos díspares de seus segmentos

12:07 | 23/02/2012

O mercado de trabalho industrial começou a esboçar reação em janeiro, na avaliação de técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na indústria de transformação, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve expansão do mercado de trabalho nos 12 segmentos analisados pelo ministério. O último mês em que foi registrada essa expansão generalizada, de acordo com o MTE, foi em fevereiro do ano passado.

"Esse resultado aponta uma reação do setor, comparativamente ao desempenho verificado nos meses anteriores, tendo em vista que, em janeiro, após vários meses de modesto desempenho, o saldo de empregos registrados na indústria situou-se 20% acima da média para o período de 2003 a 2011", escreveram os técnicos da Pasta em comunicado publicado no site do MTE.

As áreas que mais se sobressaíram no mês passado em termos absolutos foram indústria de calçados (6.148 vagas), indústria química (5.450 vagas), indústria de produtos alimentícios (4.889 vagas), indústria metalúrgica (4.612 vagas) e indústria mecânica (4.339 vagas).

Já o bom desempenho do setor de serviços foi impulsionado pelos ramos de serviços de comércio e administração de imóveis (32.086 postos), serviços de alojamento e alimentação (19.989 postos) e serviços médicos e odontológicos (8.672 postos). O segmento de serviços de transportes e comunicações (2.265 postos) também ficou positivo, ao contrário de ensino (-2.687 postos), que apresentou retração do mercado de trabalho. De acordo com o MTE, o setor é influenciado por motivos sazonais, como o período de férias escolares, e por isso foi o único a registrar declínio do emprego.

O comportamento favorável da agricultura foi decorrente de desempenhos díspares de seus segmentos. Entre os destaques estão cultivo de frutas de lavoura permanente, exceto laranja e uva (7.643 postos), cultivo de soja (5.269 postos) e cultivo de cana-de-açúcar (2.191 postos). Entre os negativos estão cultivo de laranja (-4.530 postos) e atividades de apoio à agricultura (-3.526 postos).

Já o segmento de varejo puxou o mercado de trabalho para baixo em janeiro, segundo os dados do MTE. Na ocasião, foram demitidos 40.724 funcionários a mais do que o volume de contratação.

 

Agência Estado

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