PUBLICIDADE
Notícias

Fecomercio-RJ: busca por eletros é a maior para janeiro

17:53 | 14/02/2012
O crescente interesse por eletrodomésticos e eletrônicos que ajudou a manter em alta as vendas do varejo nacional em 2011, deve continuar em 2012. Pesquisa nacional da Fecomércio-RJ, divulgada com exclusividade à Agência Estado, mostra que, de mil entrevistados, 44,7% admitiram terem feito compras a prazo em janeiro deste ano, o mais elevado porcentual para o mês nos últimos três anos. A parcela que informou financiamento de algum tipo de eletrônico foi de 18,1%, bem acima da apurada em dezembro do ano passado (11%) e a maior fatia também em três anos para mês de janeiro.

"Não podemos nos esquecer da redução de alíquota tributária feita pelo governo para produtos de linha branca que deve durar até março deste ano. Antes do prazo terminar, haverá uma verdadeira corrida do consumidor às lojas", acrescentou o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.

O carnê se manteve como a opção preferida entre os consumidores para compras a prazo, sendo lembrado por 59,8% dos entrevistados. Em seguida, aparece o cartão de crédito (32%). A pesquisa também revelou uma diminuição no porcentual de inadimplentes, de 16,5% em janeiro de 2011 para 15,7% em janeiro deste ano. "Com perspectiva de inflação cedendo, com juros em queda e inadimplência diminuindo, o cenário do comércio parece ser benigno para este ano", afirmou.

Travassos, no entanto, é cauteloso quanto à sua previsão para vendas do varejo nacional em 2012, para quem elas devem crescer entre 5,5% e 6%. Por sua vez, para o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Bruno Fernandes, a atividade do comércio pode subir 7% este ano. Em sua avaliação, a inflação deve diminuir de ritmo, o que pode conferir ganho real no consumo.

"Estamos projetando inflação pelo IPCA de 5,5% este ano, contra 6,5% no ano passado", acrescentou. Outro ponto levantado por Fernandes é a continuidade dos bons resultados no mercado de trabalho, que conferem segurança ao consumidor para efetuar novas compras.

O economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa, aposta em aumento entre 6% e 6,5% para as vendas do varejo em 2012. Para ele, é um resultado razoável diante das projeções de crescimento econômico para este ano, que oscilam em torno de 3,5%. "Vamos experimentar continuidade na desaceleração do comércio até o segundo semestre deste ano, quando o ritmo deve avançar com mais vigor", afirmou.

TAGS