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Etanol e gasolina têm relação de 70,82% em janeiro

15:45 | 02/02/2012
A relação entre o valor médio do etanol e o preço médio da gasolina alcançou o nível médio de 70,82% no encerramento do mês de janeiro na capital paulista, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O número apurado no mês passado ficou abaixo do verificado em dezembro de 2011, de 71,86% e foi superior ao observado em janeiro de 2011, de 69,89%.

De acordo com especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores à gasolina.

Segundo a Fipe, a relação elevada entre ambos os combustíveis ainda é reflexo do forte avanço nos preços que o etanol apresentou durante boa parte de 2011 nos postos paulistanos. Em 2012, no entanto, as pesquisas do instituto, por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), já mostram recuo no valor médio do combustível. A relação entre o etanol e a gasolina apurada pela Fipe levou em conta o comportamento dos preços dos combustíveis no período de 31 dias encerrado no último dia de janeiro.

No mês passado, com base no levantamento do IPC, o valor médio do etanol caiu 1,69% ante alta de 1,13% em dezembro. O preço médio da gasolina, por sua vez, mostrou recuo de 0,21% nos postos da cidade de São Paulo ante queda de 0,17% no último mês do ano passado. No mesmo período, a taxa geral do IPC da Fipe passou de 0,61% para 0,66%.

Em entrevista à imprensa para detalhar o IPC da Fipe, o economista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Antonio Evaldo Comune, explicou que a queda recente no valor do etanol está amparada na redução da procura do produto pelo consumidor, que começou a abastecer o veículo com gasolina pela perda da vantagem com o derivado da cana. Segundo ele, a tendência para 2012 é de que a relação entre etanol e gasolina siga a trajetória normal de todos os anos, que é de subir nos primeiros meses, por conta da entressafra da cana, e recuar de março em diante.

"O comportamento do etanol vai ser diferente do que foi em 2011", disse Comune. Ele acrescentou que o ano passado foi um ano atípico pelo atraso da safra da cana e que, por isso, o etanol ficou desvantajoso praticamente durante todo o ano que passou.

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