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Convicção em Selic menor mantém juro curto em queda

Investidores continuam enxergando sinais claros de que a Selic se manterá em queda

18:28 | 09/02/2012
O mercado de juros futuros segue apegado ao movimento que se repete nos últimos dias: queda das taxas curtas e vencimentos longos colados ao ajuste. Nem mesmo as notícias positivas sobre a Grécia e a decisão do Banco da Inglaterra de elevar a compra de bônus para estimular a economia abalou este cenário. Isso porque os investidores continuam enxergando sinais claros de que a Selic se manterá em queda. O fato de o Banco Central iniciar pesquisa sobre o juro neutro utilizado pelas instituições financeiras em suas projeções e de haver rumores em relação a estudos para alterar a remuneração da poupança sustentam a inclinação da curva a termo.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (324.040 contratos) cedia para 9,33%, de 9,39% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (352.635 contratos) recuava para 9,74%, de 9,85% ontem. Entre os vencimentos longos, o DI janeiro de 2017, com movimento de 53.535 contratos, estava em 10,91%, de 10,94% na véspera, e o DI janeiro de 2021 (6.255 contratos) marcava 11,41%, de 11,43% no ajuste.

Por aqui, a Fipe informou que a inflação na cidade de São Paulo desacelerou com contribuição importante dos alimentos. O IPC teve taxa de 0,42% na primeira quadrissemana de fevereiro, ante 0,66% no fechamento de janeiro. Os alimentos saíram de uma alta de 0,50% em janeiro para deflação de 0,34% e foi o item que, na variação ponderada, menos contribuiu para a inflação medida pela Fipe.

No exterior, políticos da Grécia concluíram um acordo para cortes de gastos, possibilitando que as negociações com a troica, para receber o segundo pacote de ajuda de 130 bilhões de euros, e com o setor privado, em torno do corte da dívida, fossem fechadas. Tudo isso, no entanto, ainda precisa da aprovação dos ministros das Finanças da zona do euro o Eurogrupo, disse o ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos.

Enquanto isso, o Banco da Inglaterra ampliou o seu programa de compra de bônus em 50 bilhões de libras esterlinas, para 325 bilhões de libras. O intuito da medida do BC inglês é o de estimular a economia local. A instituição manteve os juros inalterados em 0,5% e o Banco Central Europeu seguiu o mesmo caminho, deixando os juros estacionados em 1%.
AE

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