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65,5% dos consumidores de Fortaleza possuem algum tipo de dívida

Despesas com educação são um dos fatores que impactam no aumento do endividamento nesse período

15:42 | 16/02/2012
Em fevereiro, a Pesquisa do Perfil de Endividamento do Consumidor de Fortaleza revela que 65,5% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. o resultado está 2,3 pontos percentuais acima do verificado em janeiro (63,2%), indicando que o consumidor usou o crédito para aproveitar as promoções do início do ano. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).

Apesar do crescimento do endividamento geral, os indicadores da qualidade do crédito mostram relativa estabilidade, sugerindo que o consumidor consegue manter seu orçamento sob controle. A pesquisa revela que 74,2% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e controle eficaz dos seus gastos e rendimentos, contribuindo para um maior controle dos níveis de endividamento.

Os instrumentos de crédito mais utilizados são: cartões de crédito, citado por 79,3% dos entrevistados; carnês e crediários, com 13,1% das respostas; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 11,6%, e empréstimos pessoais, com 10,9%.

O crédito foi utilizado na compra de itens de alimentação (45,4% das respostas), artigos de vestuário (41,1%), eletroeletrônicos (32,6%) e realização de despesas com educação (17,3%). O último item tem grande impacto no aumento do endividamento, pois é muito relevante nesse período do ano, além de possuir natureza inadiável e sazonalidade.

O valor médio das dívidas ficou em R$ 1.063. A parcela da renda dos consumidores comprometida com o seu pagamento teve crescimento de 0,9 pontos percentuais, com relação ao mês anterior, passando de 24,4%, em janeiro, para 25,3%, em fevereiro.

A renda encontra-se mais comprometida no grupo de consumidores que possui renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (33,1%), com nível de escolaridade superior (30,9%) e na faixa etária entre 25 e 34 anos de idade (26,1%).

Novo perfil
A ampla oferta de financiamento tem modificado o perfil do endividamento do consumidor de Fortaleza, mesmo que se concentre no curto prazo, com 73,8% das dividas em prazos inferiores a um ano e prazo médio de sete meses.

Uma das explicações para esse resultado é o padrão de consumo, muito limitado pela baixa renda do consumidor local. A compra de alimentos, itens de higiene pessoal e limpeza comprometeu 51,1% do orçamento familiar, acompanhado dos artigos de vestuário (27,7%), das despesas com educação e saúde (22,9%) e da aquisição de eletroeletrônicos (20,5%).
Redação O POVO Online

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