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Setor têxtil prevê alta de 1,5% na produção em 2012

14:46 | 17/01/2012
São Paulo, 17 - A indústria têxtil e de confecção prevê crescimento de 1,5% em volume de produção e faturamento de US$ 63 bilhões em 2012, valor praticamente estável em relação a 2011. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Na avaliação do presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho, a geração de emprego deve permanecer estável neste ano, "com viés de baixa". Em 2011, a previsão da entidade é de que tenha havido perda de 20 mil postos de trabalho, em razão, principalmente, da concorrência com produtos importados.

Os dados referentes ao ano passado ainda não foram finalizados. A estimativa é de que o setor tenha fechado 2011 com déficit na balança comercial de US$ 4,749 bilhões, com US$ 1,422 bilhão em exportação e US$ 6,171 bilhões em importação.

"Lamentavelmente, o emprego não é gerado no Brasil. Ele é gerado na China", salientou o presidente da Abit, em entrevista coletiva para divulgação dos resultados de 2011 e previsão para 2012. Pela manhã, a entidade inaugurou o "Importômetro", sistema que calcula em tempo real quantos dólares de produtos têxteis e confeccionados entram no mercado doméstico, bem como quantos empregos deixam de ser criados no País.

No intervalo de janeiro a novembro de 2011, a produção física da indústria têxtil recuou 14,71% e a produção de vestuário caiu 3,25%. Já as vendas no varejo subiram 4,12% no período e o volume de importação cresceu 40,6%.

"Está clara a invasão dos produtos importados", disse o presidente da Abit. "Será que a gente desaprendeu a produzir após quarenta anos? Não, são questões circunstanciais", disse ele em referência às importações no setor, as quais classificou como desleais.

A previsão da entidade é de que os investimentos do setor tenham atingido US$ 2,5 bilhões em 2011, ante US$ 2 bilhões em 2010. Diniz Filho destacou que o setor têxtil e de vestuário e acessórios é responsável por 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria e 10,6% dos empregos industriais. "Não podemos, ingenuamente, deixar de criar empregos no Brasil e criá-los no exterior", afirmou.

Agência Estado

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