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Portos de Fortaleza e de Cabo Verde assinam protocolo de cooperação

Acordo estimula comércio entre Brasil e África

16:53 | 10/01/2012

A Companhia Docas do Ceará (CDC),empresa responsável pelo porto de Fortaleza (Mucuripe), assinou protocolo de cooperação com a Enapor S.A., que administra os portos da República de Cabo Verde. O acordo, oficializado nesta terça-feira, 10, é o primeiro passo para viabilizar a ligação comercial marítima entre os dois terminais e atende à demanda de comércio bilateral entre Brasil e África.

O objetivo do protocolo é estender as exportações brasileiras aos demais países africanos, usando os Portos de Cabo Verde ao invés do Porto das Ilhas Canárias. A meta é escoar não apenas cargas cearenses pelo Mucuripe, mas também de outros estados, alcançando mais rapidez e economia.

As negociações para a assinatura do protocolo tiveram a intermediação do Sebrae no Ceará. O governo de Cabo Verde interessou-se em expandir seu mercado para o Brasil principalmente por causa da atual crise econômica mundial, que reduziu o trânsito de mercadorias do país africano para a Europa e os Estados Unidos.

A aproximação entre os portos de Fortaleza e Cabo Verde resultou do trabalho de cooperação técnica realizado pelo Sebrae no estado e a Associação Brasileira dos Sebrae Estaduais (Abase), em parceria com a Companhia Docas do Ceará (CDC), Câmara Brasil Angola no Ceará, Câmara Brasil Portugal no Ceará, as Câmaras de Comércio de Sotavento e Barlavento, FIC – Zona Franca Comercial de Cabo Verde, Agência de Empreendedorismo, Desenvolvimento e Inovação de Cabo Verde e a Agência Caboverdiana de Investimentos, com apoio da Embaixada Brasileira em Cabo Verde.

O procedimento incluiu a realização de um estudo de logística, contratado pela Abase, que avaliou as possibilidades reais de negócios entre o Nordeste brasileiro e os países africanos, principalmente os da Costa Oeste, como Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, além de Moçambique, na Costa Leste. Ainda há expectativa de que Senegal e Guiné Bissau sejam incluídos. A negociação é incentivada pela posição geográfica estratégica do Ceará.

O convênio prevê, entre outras coisas, a transferência de tecnologia, de documentação e de estatísticas. A viabilização da nova rota deverá ser um marco nas relações comerciais e de cooperação do Brasil com a África, posicionando o Ceará como porta de entrada para o continente, em especial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Redação O POVO Online

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