MG: Golpista se desculpa com vítima e pede: 'Só não deseja meu mal'
A Pousada Santa Vila, na Serra do Cipó (MG), acredita ter sido vítima de um ataque hacker. O golpista pedia dinheiro para a reserva na pousada e parava de responderApós pagar para se hospedar em um hotel da Serra do Cipó, em Minas Gerais (MG), um homem foi vítima de um golpe virtual: na verdade, quem recebeu o dinheiro não trabalhava na pousada. Além de perder R$ 800, a vítima ainda recebeu um pedido de ‘desculpas’ via WhatsApp.
O pagamento foi feito por Rafael Ferreira da Costa, que pretendia ficar na pousada no final de semana passado. O consultor de sistemas, de 32 anos, chegou a ir até a pousada e bater na porta, chamando pelo golpista, que ele acreditava ser responsável pelo estabelecimento.
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Por meio do chat do WhatsApp, o hacker pediu desculpas à Rafael, dizendo: "'Pow', irmão", "Desculpa de verdade", "Deus vai te abençoar" e "Só não deseja meu mal".
A vítima também tentou entrar em contato com o golpista pelas mensagens do Instagram.
Golpe da Pousada: O que fazer para denunciar
Rafael tentou registrar o BO por meio da delegacia virtual, e informou que irá presencialmente na delegacia prestar sua queixa.
Ao todo, no mínimo 14 reclamações foram feitas em relação ao golpe da pousada na Serra do Cipó. Eram oferecidas diversas amenidades pelo golpista, como hidromassagem e deck de piscina com espreguiçadeiras. Todas as refeições estavam incluídas nos preços informados pelo hacker: R$ 250 a diária.
Os preços reais de estabelecimentos semelhantes seriam de R$ 350 a R$ 700 por dia. A pousada Santa Vila declarou que foi vítima de um ataque cibernético, e que também sofreu perdas: "A Pousada Santa Vila lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com todos que foram afetados pelo golpe, do qual também é vítima. Informa ainda que tomou todas as providências possíveis para interromper a conduta criminosa, assim que tomou conhecimento dos fatos, e já acionou os órgãos responsáveis para identificação e punição dos autores desse crime", diz a nota oficial do estabelecimento.
De acordo com a Polícia Civil, o golpe da pousada constitui o crime de estelionato. Portanto, o boletim de ocorrência não é o suficiente: é necessário que as vítimas entrem com representação criminal para avançar nas investigações. A vítima deve procurar a delegacia mais próxima. No estado de Minas Gerais, existe outro aparelho ao qual recorrer: o Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes.
Com informações do G1
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