PUBLICIDADE
Notícias

Estudo diz que álcool e o 'hormônio do amor' causam efeitos quase idênticos no cérebro

O estudo abre caminho para novos tratamentos relacionados ao comportamento social

10:13 | 21/10/2015
NULL
NULL

Um estudo conduzido pela Escola de Psicologia da Universidade de Birmingham, no Reino Unido e publicado na revista Neuroscience and Biobehavioral Review, aponta que a oxitocina, conhecido como ‘hormônio do amor’ por ter papel importante na conexão afetiva entre mãe e filho e nas relações entre parceiros românticos, tem efeitos comportamentais semelhantes aos causados pelo álcool no cérebro, entre eles o efeito desinibidor e o aumento de confiança.


O estudo analisou a resposta neurológica à oxitocina ingerida por via nasal e ao consumo de álcool e constatou muitos efeitos semelhantes como diminuição do estresse, do medo, aumento da autoestima. Segundo Dr. Ian Mitchell, um dos pesquisadores do estudo, as semelhanças dos efeitos entre o composto de oxitocina e do álcool são impressionantes e abrem caminho para novas pesquisas relacionadas ao comportamento social e tratamentos psicológicos.


A oxitocina é um hormônio produzido no hipotálamo, porém também é produzido sinteticamente e pode ser injetável ou aplicado via nasal. Seu uso é recomendado para estimular o parto e lactação.


Porém para Steven Gillespie, pesquisador da Universidade de Birmingham, a oxitocina não deve ser pensada como um simples composto de hormônio e faz uma alerta: “Não acho que vamos testemunhar uma época na qual a oxitocina será usada socialmente como uma alternativa à bebida alcoólica. Mas é uma substância neuroquímica fascinante e que pode ser usada no tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos”.


Para os pesquisadores, o uso frequente de compostos derivados da oxitocina e de álcool também produzem efeitos negativos semelhantes como a diminuição drástica da capacidade de perceber o medo e a ansiedade. Isso poderia expor as pessoas à situações de risco e possibilitar o desenvolviimento de um comportamento arrogante e egoísta. 

Redação O POVO Online

TAGS