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Em filme, McDonald's expõe benefícios do fast-food à saúde

Exibido para alunos do ensino fundamental e médio nos EUA, vídeo sugere que as refeições rápidas podem contribuir para a perda de peso

18:11 | 14/10/2015
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O McDonald’s decidiu rebater a recorrente onda de críticas que seus alimentos recebem e lançou um filme com cerca de 19 minutos, intitulado '540 Meals' (540 Refeições), no qual exalta os benefícios do fast-food à saúde.

O filme, exibido para alunos do ensino fundamental e médio em todos os Estados Unidos, sugere que as refeições rápidas podem contribuir para a perda de peso.

De acordo com o “Inside Scoop SF”, do “SFGate”, o filme tem como foco o relato de John Cisna, um professor de ciências do ensino médio, da escola Colo-Nesco no estado americano de Iowa. Ele teria perdido 16,7kg por comer apenas no McDonald’s durante 180 dias, embora o experimento tivesse previsão para durar apenas 90 dias.

Segundo informações do O Globo, o anúncio publicitário disfarçado de documentário foi publicado no canal oficial da rede no Youtube em dezembro de 2014.
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De fato, o professor Cisna perdeu peso no decorrer do processo de produção do filme, mas não porque necessariamente ingeria as refeições rápidas da rede, mas porque ele, que era sedentário, começou a se exercitar diariamente, e a comer muito menos calorias do que antes.

Conforme publicou o “SFGate”, o professor atua no momento como embaixador pago da marca e acompanha a exibição do filme em escolas. Toda a comida e bedida ingerida por ele no filme foram cedidos gratuitamente pela lanchonete.

“E, não, não comi só as saladas do McDonald's. Comi de tudo, aliás, em 95% das refeições eu comi batatas fritas”, ressalta Cisna.

"Falta de consciência"

Ann Cooper, fundadora da Chef Ann Foundation, autora também conhecida como “Lunch Lady”, responsável por dirigir por diversas vezes um inovador programa de almoço escolar nos colégios públicos de Berkeley, criticou o filme.

“É muita falta de consciência promover esse tipo de lavagem cerebral em crianças e jovens que não entendem todos os fatos. Eu não acho que [este vídeo] deveria ser autorizado a ser mostrado em escolas”, acrescenta Cooper, que classifica a ação como o "pior tipo de ganância corporativa”.

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Redação O POVO Online
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