A empresa indiana Ultratech lançou o que afirma ser o primeiro creme para “estreitar a vagina”. Chamado 18 Again (18 de novo), que afirma fazer a mulher se sentir “como uma virgem” novamente.

Em comercial veiculado para promoção do creme, aparece uma indiana dançando e cantando frases como “eu me sinto como uma virgem” , logo em seguida o marido se junta à ela e os dois continuam dançando aos olhos do sogros que observam espantados.

A sogra faz uma expressão de nojo ao observá-la, mas ao final do anúncio até ela parece ceder, ao comprar o produto pela internet, diante do olhar de aprovação do marido.

O proprietário da Ultratech, Rishi Bhatia, afirma que o creme, não promete uma restauração da virgindade, mas procura resgatar as emoções de ser uma virgem.

A estratégia de marketing usada pela empresa gerou críticas de grupos feministas, médicos e usuários de redes sociais. Os críticos afirmam que o produto reforça a visão amplamente difundida na Índia de que o sexo pré-nupcial é algo inaceitável, um tabu considerado pecaminoso.

Annie Raja, da Federação Nacional de Mulheres Indianas, que luta pelos direitos femininos no país, afirma que, em vez de fortalecer as mulheres, o creme tem o efeito oposto, ao reafirmar a visão patriarcal de muitos na Índia – a noção de que todas mulheres querem permanecer virgens até o dia do casamento.

A comercialização do 18 Again se dá pouco após a controvérsia em torno de um creme para clarear a vagina. Ambos são exemplos de valores tradicionais se chocando com os costumes mais recentes na Índia. O creme que está sendo vendido por US$ 44 (cerca de R$ 90), contém ingredientes naturais, como pó de ouro, aloe vera, amêndoa e romã, e foi clinicamente testado.

O proprietário da Ultratech afirma que a polêmica em torno do 18 Again é sem sentido. “Os homens têm à sua disposição tantos produtos que eles podem usar para realçar o seu prazer sexual, isso representa apenas colocar a intensificação do prazer sexual nas mãos das mulheres”, comenta Rishi Bhatia.Com informações do Correio do Brasil.

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Redação O POVO Online