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Empresário articulou sequestro após prejuízo em investimentos na empresa da família da vítima

Mulher foi sequestrada em frente a um centro odontológico e mantida em cativeiro por 12 horas. Polícia Civil prendeu mentor intelectual do crime e resgatou vítima. Há pedido de prisão para mais três pessoas suspeitas de envolvimento na ação

O sequestro da mãe de dois empresários em Tianguá, a 333 quilômetros de Fortaleza, foi articulado por outro empresário, que sofreu um prejuízo ao investir na empresa da família da vítima. A mulher de 44 anos foi resgatada após 12 horas mantida em um cativeiro na zona rural do município de Moraújo. O suspeito de ser mandante do crime, Calebe Barbosa do Carmo, 25 anos, que possui antecedentes criminais por receptação, crime contra a incolumidade pública e posse de drogas, foi detido e a Polícia Civil pediu a prisão de mais três pessoas suspeitas de envolvimento na ação. A mulher foi interceptada pelos criminosos quando saía de um consultório odontológico na quinta-feira, 17, por volta do meio-dia. 

Após o sequestro da vítima, a Divisão Antissequestro (DAS), Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Delegacia Regional de Tianguá e o Departamento de Inteligência Policial (Dip) iniciaram um trabalho de investigação utilizando as placas dos veículos usados no crime e ferramentas de tecnologia como o Spia. A equipe de Fortaleza foi levada à região por meio de aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciopaer).

Após o resgate da vítima e a prisão de Calebe, os policiais civis descobriram a motivação do crime: o prejuízo que o mentor do sequestro teve ao investir na empresa da família. Enquanto houve o desmonte de seus investimentos, ele afirma que a família viajava pela Europa e, no Ceará, publicava fotografias em passeios de helicóptero e jet-ski. A partir dessa situação, Calebe resolveu investir aproximadamente R$ 12 mil contratando pessoas para fazerem o levantamento da vida da mãe dos empresários e sequestrá-la. Ele tinha o intuito de pedir um resgate de R$ 1 milhão na moeda de Bitcoins, que é uma moeda digital. Cada um dos participantes do sequestro receberia R$ 10 mil e ele ficaria com o restante. 

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A moeda de Bitcoin é justamente o investimento que a família executa. De acordo com a Polícia, Calebe afirmou que o resgate em Bitcoin seria mais fácil de realizar a transação sem ser descoberto. Os R$ 12 mil investidos, praticamente todo seu capital financeiro, serviram para pagamento de pousadas e de aluguel de carros para seguir a vítima e criar um banco de dados com informações sobre a rotina dela. 

Calebe tinha a intenção de realizar um sequestro rápido, pois acreditava que no primeiro contato conseguiria o valor previsto. No entanto, no cativeiro, havia estrutura de mantimentos para que a vítima permanecesse por mais dias. A mulher estava abalada quando foi resgatada pelos policiais civis. A casa era abandonada e conhecida pelo articulador do crime, que era morador da região.

Ele foi autuado por extorsão mediante sequestro, roubo qualificado e associação criminosa. As informações da reportagem foram colhidas em coletiva de imprensa com os delegados responsáveis pela operação, Raphael Vilarinho e Rommel Kerth, além do delegado Márcio Gutierrez e do delegado geral da Polícia Civil, Marcus Rattacaso.

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