Universitários de Russas criam chat com inteligência artificial para auxiliar no retorno às aulas presenciais

O programa está disponível no Telegram e traz informações sobre a cidade de Russas para auxiliar os alunos a se situarem no campus e no município.

Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), do campus de Russas, no Interior do estado, desenvolveu um chat com inteligência artificial disponibilizando informações sobre o município para auxiliar os alunos na volta das atividades presenciais no campus.

O projeto chamado “InfoRussas: o Chatbot de Auxílio ao Retorno Presencial” está disponível no Telegram e conta com informações sobre a história do município de Russas, localizado no Vale do Jaguaribe, os atrativos turísticos e os pontos de referência da cidade, os estabelecimentos, como restaurantes, lanchonetes e farmácias, bem como serviços públicos nas áreas de saúde, mobilidade urbana, habitação e segurança.

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Os alunos do curso de Engenharia de Software, Pedro Ítalo Campos, do sétimo semestre, Josafá Dieb e Samuel Jonas Lima, ambos do quarto semestre de Ciência da Computação, são responsáveis pela elaboração do projeto, que foi iniciado em julho deste ano, com a orientação do professor Alexandre Arruda.

De acordo com o professor Alexandre, responsável pela coordenação do projeto e coordenador do curso de Ciência da Computação da UFC de Russas, o InfoRussas surgiu com objetivo de fornecer auxílio aos alunos para se situarem no campus com melhor precisão durante o retorno presencial.

“A ideia surgiu após a constatação de que temos vários alunos que estudam no campus, mas que não conhecem Russas, devido ao cenário atual de pandemia. Há alunos veteranos que entregaram seus imóveis e foram para suas cidades de origem, e outros que vieram apenas para confirmar a matrícula do curso. Diante disso, é esperado que quando todas as aulas voltarem ao 100% presencial, muitos alunos virão para a cidade e terão que correr atrás de lugar e se situar no local”, explicou.

O aluno Josafá Dieb, que participou da criação do InfoRussas, avaliou a receptividade do chatbot e explicou a importância da utilização do programa pelos estudantes para que possíveis falhas possam ser logo identificadas. “De início eles estão entrando para testar o bot, e é com isso que a gente conta, com que eles testem, procurem falhas, que é para quando as aulas voltarem completamente presenciais a gente tenha uma aplicação funcional e sem erros. Eu acredito que a maioria gostou, tanto que os feedbacks mostram muito bem que o bot está sendo de grande valor para todos”, contou ao O POVO.

Para Josafá, que reside em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, e é bolsista do InfoRussas há três meses, as informações disponibilizadas pelo chatbot são fundamentais para estudantes de outras cidades. “É algo muito importante durante esse processo que a gente faz de mudança de cidade para estudar numa faculdade e ainda mais quando estamos retornando de uma pandemia”, pontuou.

Outro aluno integrante da equipe desenvolvedora do InfoRussas, Pedro Ítalo Campos, comentou sua experiência em participar do projeto. De acordo com ele, os aprendizados angariados com o processo de desenvolvimento do programa foram fundamentais para seu período na universidade. “Participar deste projeto de iniciação acadêmica está sendo muito gratificante, porque a gente aprende a pesquisar, trabalhar em equipe, novas linguagens de programação que estão no mercado, novas formas de hospedar sites, entregar produtos melhores e com uma boa experiência com o usuário. Já estamos, inclusive, desenvolvendo ideias para outros chatbots”, contou.

O universitário, Samuel Jonas Lima, morador de Limoeiro do Norte, cidade vizinha a Russas, concordou com a visão do colega. Para ele, fortalecer o trabalho em equipe é crucial na área de atuação do grupo. "O primeiro aprendizado foi o de trabalhar em time, o mercado de TI exige muito isso e ter esse contato cedo apenas contribuí para nossa formação nessa área. Essa mesma experiência proporcionou a troca de conhecimentos, todos os integrantes do time tem algum conhecimento e algo que desconhece, então no fim acaba que um complementa o outro no desenvolvimento", disse Samuel.

As perspectivas para o futuro do projeto agora são focadas na otimização do chatbot a partir das sugestões vindas dos próprios estudantes do Campus de Russas. “O Chatbot está em constante processo de melhoria, lançamos a primeira versão para sentir a receptividade do público, e essa tem sido muito boa. Em breve ele terá mais funcionalidades que ajudarão ao retorno presencial das atividades”, explicou o orientador.

Como funciona o InfoRussas

Para acessar as informações disponíveis no chatbot, basta enviar um "oi" no Telegram. A partir daí, quem estiver acessando pode se comunicar por escrito no chat ou mesmo explorar os menus com dados sobre os serviços disponíveis na cidade.

A utilização do programa é gratuita para toda a comunidade. Além dos próprios moradores de Russas, estudantes do campus que residem em outros municípios também têm sido beneficiados pelo serviço, que ainda é utilizado por servidores técnico-administrativos e professores do campus.

O levantamento das informações presentes no InfoRussas foi realizado tanto em pesquisas no site da Prefeitura Municipal de Russas como através de formulários respondidos pelos próprios estudantes.

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