Bombeiros resgatam duas cobras jiboia em Quixadá

A jiboia-constritora, ou simplesmente jiboia, é uma espécie grande e não peçonhenta — ou seja, não produz veneno. Após a ocorrência, os animais foram liberados na Reserva florestal do Cedro.

Em Quixadá, no Sertão Central do Ceará, os bombeiros do Batalhão de Combate a Incêndio Florestal (BCIF) resgataram duas cobras jiboia-constritora. O primeiro réptil, de 2 metros aproximadamente, foi capturado por populares e a segunda cobra, de 1 metro e 20 centímetros, encontrava-se no telhado de uma residência da região.

Por volta das 11h57min da manhã de quarta-feira, 20, a primeira ocorrência foi atendida na Travessa Santa Luiza. Já o segundo caso aconteceu no mesmo dia por volta das 21h53min, na rua José Pereira Lima, no bairro Herval. As cobras foram resgatadas pela equipe e foram deixadas em seu habitat natural, na Reserva florestal do Cedro. A guarnição de serviço que atendeu a ocorrência foi composta pelo Subtenente Almeida, Soldado Wilton, Soldado Pinheiro, Soldado Vasconcelos e Soldado Mesquita (IRSO) sob a supervisão do 1º Tenente Quintela, Coordenador de Serviço.

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A jiboia-constritora, ou simplesmente jiboia, é uma espécie grande e não peçonhenta. Os animais peçonhentos e venenosos possuem em comum o fato de produzir veneno. O que os diferencia é a presença de uma estrutura que injeta essa substância. Os animais peçonhentos possuem um aparelho para inocular o veneno. As glândulas de veneno ou peçonha desses animais ligam-se com dentes ocos, ferrões ou aguilhões.

São exemplos de animais peçonhentos as serpentes, aranhas, escorpiões, vespas, abelhas, marimbondos e formigas. Entre as serpentes peçonhentas encontradas no Brasil estão a cascavel, as jararacas, a surucucu e a coral-verdadeira. Em serpentes, as glândulas de veneno ligam-se aos dentes ocos (presas) usados para inocular o veneno.

Os animais venenosos produzem veneno, porém, não possuem estruturas para inoculação. Um exemplo de animal venenoso é o sapo. Algumas espécies são venenosas, mas o veneno só é liberado quando a glândula que o produz é pressionada. No Brasil, os principais animais peçonhentos que causam acidentes são as serpentes, escorpiões e aranhas.

Dicas para lidar com cobras

- Normalmente, as cobras só atacam um ser humano quando se sente ameaçada. Por isso, ao avistar uma cobra, desvie do caminho dela, a deixando seguir o caminho dela e você o seu.

- mantenha seu quintal ou terreno limpo e não acumular lixo ou resto de materiais de construção ou quaisquer outros tipos;

- sempre use um bastão ou vara longa para manipular objetos ou mato, lixo que possam conter algo escondido por baixo,

- sempre use calçado fechado e calças compridas. Se estiver em um local que é conhecido por ter cobras use botas de cano alto ou perneiras para proteger a parte de baixo das pernas;

O que fazer em caso de picada de cobra

O mais importante depois de uma picada de cobra é manter o membro que foi picado o mais parado possível, porque quanto mais se movimentar mais o veneno poderá se espalhar pelo corpo e chegar em vários órgãos vitais. Isso se aplica também a qualquer atividade que possa acelerar o batimento cardíaco, já que o aumento da circulação do sangue também espalha o sangue.

Assim, o ideal é que a vítima não caminhe e seja transportada por maca até ao hospital. Outra opção é ligar para a ajuda por meio de um atendimento pré-hospitalar, pelo número 193.

Até chegar ao hospital ou até a chegada da ajuda, o que se deve fazer para melhorar as chances de salvamento são:

- lavar o local com água e sabão, para limpar a ferida e impedir a entrada de mais veneno ou micro-organismos;

- manter o paciente deitado e o mais calmo possível, porque agitado o sangue se espalha rápido e o veneno também;

- manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele;

- procurar o serviço médico o mais breve possível, e, somente médicos podem prescrever um medicamento a uma vítima de quaisquer acidente;

A maior parte das cobras no Brasil não têm veneno e, por isso, a picada não é perigosa para a saúde, no entanto, em qualquer caso é sempre importante ir ao hospital para informar as características da cobra e confirmar e identificar se realmente era venenosa ou não. Caso tenha sido um picada por cobra venenosa, geralmente é administrado o antídoto para o veneno, de forma a que as lesões parem de acontecer.

Se não for possível transportar a cobra para o hospital, é aconselhado tomar nota das principais características, como cor, padrão, formato da cabeça e tamanho, ou tirar uma fotografia e/ou filmar.

Sempre considerar, no caso de ser atacado, que a cobra seja peçonhenta, e seguir o protocolo para tal situação.

O que não fazer após a picada

- sugar o veneno para fora da picada;

- fazer um torniquete ou garrote apertado;

- cortar o local da picada;

- dar bebida alcoólica ou qualquer medicamento a vítima;

- não aplique misturas caseiras sobre a picada;

No caso de uma picada de cobra venenosa, com injeção de veneno, é comum que, após a dor que surge no local devido à picada, possam aparecer outros sintomas como:

- Dor que piora ao longo do tempo;

- Inchaço que vai aumentando e afetando mais áreas ao redor da picada;

- Ínguas dolorosas em locais próximos da picada. Por exemplo, no braço é possível que surja inchaço das ínguas da axila, já na perna podem inflamar as da virilha;

- Bolhas na pele;

- Náuseas e vômitos;

- Tonturas, sensação de mal-estar geral e desmaio.

No entanto, estes sintomas podem variar de acordo com a espécie de cobra. Por isso, é sempre importante ir ao hospital, mesmo que se suspeite de que a cobra não é realmente venenosa.

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