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Professores de Maracanaú mantêm paralisação com 70% de adesão

Cerca de 300 professores bloquearam a rua Capitão Valdemar de Lima, em frente à Secretaria da Educação (Seduc), no Centro de Maracanaú
18:21 | Out. 16, 2017
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[FOTO1] Foi para o 14º dia a greve de professores do município de Maracanaú. Na manhã desta segunda-feira, 16, cerca de 300 professores cobraram a implementação do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério (PCCR), durante manifestação em frente à Secretaria da Educação (Seduc), no Centro do município.


De acordo com o Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema), as 86 escolas municipais foram atingidas pela greve com paralisação total ou parcial das atividades, tendo maior impacto em cerca de 60 delas. A categoria estima que 70% dos professores aderiram ao movimento.

 

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A categoria informou que manterá a paralisação até alcançar o diálogo com a gestão municipal. “A categoria não volta para sala de aula enquanto o prefeito não cortar gastos desnecessários e priorizar, de fato, os educadores e a educação no município de Maracanú.

 

Por meio de nota, a Prefeitura de Maracanaú reiterou que não vai aplicar o Plano. “O atual quadro de crise econômica e redução de receitas municipais tornam completamente inviável qualquer implantação, reajuste ou evolução do PCCR do Magistério ou de quaisquer outras categorias municipais”, destacou.

 

Ainda em nota, afirmou que a “Prefeitura de Maracanaú encontra-se no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal. A implantação do PCCR do Magistério implicaria em desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal”.
 

Impasse 

 

A condição já havia sido definida entre a categoria e a prefeitura depois de 11 dias de greve, em 2016. Segundo a presidente Suprema, Joana Ferreira, após o acordo firmado ano passado, artigos do plano foram modificados pela gestão municipal.

 

“Ocorre que, em 27 de dezembro, o prefeito mandou mensagem para Câmara Municipal mexendo no plano. Ele pegou sete pontos correspondentes ao crescimento, orçamento e ganhos financeiros dos professores e amarrou na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)”, relata.

 

O impasse agravou no último dia 5, quando a justiça determinou ilegalidade da greve e decretou suspensão imediata e multa diária de R$ 10 mil para o sindicato caso o não cumprimento da determinação.

 

Redação O POVO Online

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