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Um ano e meio depois, preso acusado de matar padre afastado da igreja

O homem foi preso no Cariri acusado de matar Mário Bertoldo Nunes Neto, em julho de 2014, na cidade de Quixadá
09:30 | Jan. 08, 2016
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Tipo Notícia
Adonis Lopes Gonçalves, de 26 anos, foi preso por policiais civis na manhã desta quinta-feira, 7, em Juazeiro do Norte, no Cariri Cearense. Contra ele, havia um mandado de prisão, expedido na 1ª Vara da Comarca de Quixadá, pela morte do então professor do Instituto de Desenvolvimento, Educação e Cultura do Ceará (IDECC), Mário Bertoldo Nunes Neto, de 42 anos, que também havia exercido o sacerdócio. O crime ocorreu em 25 de julho de 2014 em Quixadá, no Sertão Central do Estado.

O acusado confessa o crime, de acordo com a Polícia Civil. Ele diz não se lembrar de detalhes do crime por estar sob efeito de drogas no momento da ação. À polícia, ele afirma apenas recordar ter desferido os golpes a faca, não lembrando, porém, o que teria motivado a agressão. O inquérito da Delegacia Regional de Quixadá apurou que os dois teriam um encontro sexual na noite em que houve o crime.

Adonis será indiciado por latrocínio, já que fugiu levando o celular da vítima. No momento da prisão, o acusado portava o aparelho, o que acabou permitindo a localização de Adonis, mediante quebra de sigilo telefônico pedido pela delegada Ana Cláudia Nery. Após ver a repercussão do caso, Adonis fugiu para Juazeiro do Norte, tendo também morado por um tempo em Pernambuco. No Cariri, o acusado tem familiares e morava com uma companheira.
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Adonis está na Delegacia Regional de Quixadá, de onde será transferido para a cadeia pública do Município, após fazer exame de corpo de delito.

O crime
O corpo de Mário Bertoldo Nunes Neto foi encontrado, na madrugada do dia 25, boiando no açude Cedro, com cerca de dez perfurações a faca. Na noite anterior ao crime, testemunhas disseram à Polícia Militar (PM) que a vítima estava na companhia de um homem próximo à parede do açude.

"Os policiais encontraram o carro do professor aberto, sem as chaves. Tinha também alguns salgadinhos, que indicavam alguma comemoração. Uma testemunha nos disse que, quase toda noite, ele ia até o local, acompanhado de pessoas diferentes. Mas a de ontem era desconhecida. Eles teriam subido as pedras do açude, mas só um deles foi visto voltando”, contou ao O POVO, na época, o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar de Quixadá, tenente-coronel Ednardo Calixto.

Mário Bertoldo era professor do Instituto de Desenvolvimento, Educação e Cultura do Ceará (IDECC). Ele havia afastado-se da Igreja Católica em 2009, depois de ser padre na Diocese de Quixadá.

Redação O POVO Online

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