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Estudantes do IFCE Jaguaribe protestam contra cortes na educação

O IFCE solicitou ao MEC a liberação das verbas contingenciadas por determinação do governo federal. Alunos relatam falta de recursos para visitas técnicas e aulas de campo

13:11 | 14/07/2015

Atualizada às 14h39min

Alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus Jaguaribe, realizam um protesto contra os cortes do Governo Federal na educação, na tarde desta quarta-feira, 14. A concentração da manifestação está marcada para as 16 horas, na sede do IFCE Jaguaribe, com bloqueio da BR-116 e caminhada pelas ruas do Centro.

O estudante de Biologia, Kaio Henrique Pinheiro Gomes, 21, explica que o ato tem o objetivo de chamar atenção da sociedade para os cortes na educação, além de reivindicar as verbas contingenciadas do Instituto. "Nós estamos sentindo os impactos desses cortes diretamente, com racionamento de energia, falta de visitas técnicas e aulas em campo. Nós também tememos o corte do auxílio e das bolsas estudantis, pois temos alunos de fora que precisam dos benefícios", disse.

[SAIBAMAIS 2] Segundo a organização do protesto, o bloqueio da BR-116 deve durar cerca de 15 minutos e, em seguida, o grupo deve seguir para a praça do BNB, em frente à sede da Prefeitura. 

 

O pró-reitor de Administração e Planejamento do IFCE, Tássio Lofti, explicou ao O POVO Online que o Ministério da Educação (MEC) garantiu a liberação total das verbas contingenciadas. "Em reunião na última segunda-feira, nós já discutimos a situação e, nesse momento, essa preocupação com as verbas não existe mais. No começo, tínhamos 37% do custeio e 30% da assistência estudantil contigenciados, mas esses números já diminuiram".

Lofti explicou que 70% das verbas de custeio e 77% das de assistência estudantil estão disponíveis, mas mesmo com o orçamento retido os campi poderiam funcionar até o fim do ano. "No protesto de Canindé, por exemplo, os estudantes estavam cientes da situação, mas disseram que o protesto já estava marcado. Não tem essa dificuldade enorme relatada, mas se eles querem protestar é um direito deles", completou.

O Instituto possui cerca de 20 mil alunos matriculados nos 27 campi, com custos essenciais, como energia elétrica, internet e limpeza, estimados em R$ 52 milhões. A verba destinada à assistência estudantil é da ordem de R$ 18 milhões, sendo liberada ao longo do ano.

"Mesmo sem a retenção anunciada pelo Governo Federal, nós não recebemos os valores de uma vez. A liberação é feita em função da arrecadação, nada é aprovado de imediato", frisou o pró-reitor. 

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