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Dois dos feridos na chacina de Itapajé continuam hospitalizados

Uma semana depois do massacre na Cadeia Pública de Itapajé, dois dos feridos continuam no hospital, em situação estável. No total do último dia 29, dez morreram e oito ficaram feridos
17:22 | Fev. 05, 2018
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia
[FOTO2] Três dos oito feridos na chacina de Itapajé, na última segunda-feira, 29, foram internados. Desses, dois seguem no hospital, em situação estável de saúde. O terceiro recebeu alta e foi conduzido a uma unidade prisional. No massacre, dez presos da Cadeia Pública de Itapajé (município a 124 quilômetros de Fortaleza) morreram a tiros, em rebelião


A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) informou que outros cinco feridos foram atendidos e voltaram ao cárcere no mesmo dia. O órgão não divulga o hospital onde os dois estão internados, por questões de segurança.

O caso
Na última sexta, 2, O POVO Online noticiou que uma adolescente companheira de um dos internos foi a responsável por levar as armas usadas na chacina de Itapajé.
 
[SAIBAMAIS] 
O delegado da cidade, André Firmino, reconheceu que as facções envolvidas na barbárie foram as mesmas que executaram as 14 pessoas no massacre das Cajazeiras, no último sábado, 27, na maior chacina da história do Ceará. Contudo, descartou relação entre os dois crimes.

Conforme o delegado, a superlotação na unidade prisional acirrou o conflito entre as duas organizações criminosas de tal forma que resultou na matança. Havia 84 presos, divididos em cinco celas, onde deveriam estar 40 pessoas, no máximo. 
 
A ação 
A menina, que revelou a ação em depoimento, aproveitou o momento que o único agente penitenciário trabalhando no local foi à sala de descanso e entregou as armas “em mãos a um detento”. 

Oito detentos foram indiciados pela matança. A menina que levou as armas foi ouvida e liberada. Segundo o delegado, ela deve responder a ato infracional pela participação.

De acordo com o delegado, foram ouvidas 28 pessoas entre o dia do crime e a última quinta-feira, 1º, entre autores da chacina, sobreviventes e familiares. “Está delineado que foi um conflito interno. E não houve qualquer envolvimento de agente públicos”, ressaltou André. 

Após o crime, 46 presos foram transferidos para complexos prisionais na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Permaneceram 23 pessoas na cadeia.
 
[FOTO1] Acusados 
Seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado em flagrante. São eles: Alex Pinto Oliveira Rodrigues (24); Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues (22); Artur Vaz Ferreira (26); Francisco das Chagas de Sousa (24); Francisco Idson Lima de Sales (19); William Alves do Nascimento (20). Todos admitiram o envolvimento e confirmaram que a presença de detentos de uma facção rival motivou a ação.  
 
Vítimas 
Alex Alan de Sousa Silva (19) Caio Mendes Mesquita (19) William Aguiar da Silva (20) Francisco Davi de Sousa Mesquita (19) Francisco Emanuel de Sousa Araújo (idade não revelada / morreu no hospital) Francisco Helder Mendes Miranda (35) Francisco Mateus da Costa Mendes (19) Manuel da Silva Viana (37) Carlos Bruno Lopes Silva (27) Francisco Elenilson de Sousa Braga (33) 
 

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