Preso por engano há quatro anos, homem é considerado inocente e libertado nesta terça-feira
Ele cumpria pena na CPPL V sob alegações de ter estuprado oito mulheres em Fortaleza, em 2014Atualizada às 17h42min
Depois de quatro anos preso por engano, Antônio Cláudio Barbosa de Castro foi solto na tarde desta terça-feira, 30. Ele estava preso no Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (CPPL V), em Itaitinga, onde cumpria pena sob alegações de ter estuprado oito mulheres em Fortaleza.
Ver essa foto no InstagramSeja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
Assine
Em agosto de 2014, Antônio Cláudio foi confundido com o criminoso conhecido por “maníaco da moto”, o qual teria cometido uma série de estupros contra mulheres entre 11 anos e 24 anos, em diferentes bairros da Capital. À época, foi reconhecido pelas vítimas como o agressor e preso preventivamente. Levado a julgamento em 2018, foi condenado pelos crimes de estupro e estupro de vulnerável.
Alvará de soltura em favor dele, porém, foi expedido na manhã desta terça-feira, 30, pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) Marlúcia de Araújo Bezerra. Por maioria de votos, seção decidiu pela anulação da condenação de Antônio Carlos.
O caso foi assistido pela Defensoria Pública do Estado do Ceará, com assistência do Innocence Project Brasil, organização voltada a enfrentar condenações de pessoas inocentes pelo mundo.
“A justiça é um interesse de todos, do Tribunal de Justiça, da Defensoria Pública, do Ministério Público. O que todos nós queremos é a verdade: uma pessoa foi declarada inocente, mesmo depois de cinco anos presa”, comemorou o defensor público titular do Núcleo de Apoio ao Preso Provisório e Vítima de Violência (Nuapp), Emerson Castelo Branco.
“Um rapaz que vivia uma vida maravilhosa, normal, idôneo, honesto, trabalhador, que, de uma hora para outra, teve a vida destruída por engano. Colocado na prisão por um grande equívoco que durou cinco anos. Quero parabenizar as investigadoras do caso, que foram fundamentais, por causa da postura delas, identificaram o erro no caso e nos procuraram”, disse o defensor Emerson Castelo Branco.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente