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Defensoria Pública vai atender família de adolescente morto em intervenção policial no Ceará

De acordo com a família, o garoto foi morto a tiros enquanto dormia após policiais terem pedido para entrar na residência
14:26 | Jul. 03, 2020
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia

A Defensoria Pública do Estado do Ceará vai atender à família do adolescente Mizael Fernandes da Silva, de 13 anos, morto em intervenção policial na última quarta-feira, 1º, no município de Chorozinho. De acordo com a família, o garoto foi morto a tiros enquanto dormia após policiais terem pedido para entrar na residência, ido ao quarto do adolescente e atirado contra ele.

O órgão informou que o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas e a Rede Acolhe da Defensoria Pública iniciaram os contatos com a família pra poder fazer os primeiros atendimentos, prestar assistência jurídica e os encaminhamentos psicossociais. A expectativa é que, na semana que vem  o atendimento seja efetivado.

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por outro lado, informou que aguarda conclusão do inquérito policial. O caso está em apreciação pelo titular da Delegacia de Chorozinho e, como não há réu preso, como previsto no artigo 10 do Código de Processo Penal, a Polícia tem 30 dias para conclusão do inquérito. Só depois o documento será remetido à Promotoria de Justiça de Chorozinho para análise.

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Em vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher que se identifica como tia do garoto, chorando, diz: "O Cotar bateu no meu portão, eu abri o portão da minha casa. Meu sobrinho que vai completar 14 anos em agosto tava dormindo. Eu abri, eles entraram. A criança tava dormindo e eles mataram meu sobrinho. Eu só queria pedir justiça".

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou em nota enviada no último dia 1º que um revólver calibre 38 foi apreendido no local do crime, com cinco munições intactas. Segundo a pasta, Mizael chegou a ser encaminhado a um hospital, mas não resistiu.

Em nota, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informa apenas que "já adotou as providências iniciais para apuração na seara administrativa disciplinar".

O POVO questionou à assessoria da SSPDS do que se tratava a intervenção policial que culminou na morte do garoto e por qual motivo a residência em que ele morava virou alvo de abordagem. Também foi questionado para a SSPDS e Polícia Militar se os policiais envolvidos na ação foram identificados e afastados. A reportagem aguarda resposta.

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