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Organização criminosa que tortura vítimas e enterra corpos é desarticulada pela Polícia

Chefe da organização enterrou duas pessoas em frente à própria residência, segundo a Polícia Civil
19:29 | Nov. 10, 2017
Autor Jéssika Sisnando
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Jéssika Sisnando Repórter
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Tipo Notícia
Uma organização criminosa que é suspeita de pelo menos cinco homicídios foi desarticulada pelas Polícias Civil e Polícia Militar. O grupo costumava torturar as vítimas, decepar partes dos corpos e enterrá-los. Três suspeitos foram presos na última quinta-feira, 9, após a execução de um africano conhecido como Wesley.

Segundo o diretor do Departamento de Policia da Capital, Pedro Viana, as investigações começaram, após a série de mortes na comunidade do Itambé II, em Caucaia. Na maioria dos crimes eram empregados métodos de tortura e as vítimas eram enterradas. A última vítima foi desenterrada na última quinta-feira, após duas horas de trabalho do Corpo de Bombeiros. Wesley estava enterrado no quarto de uma casa abandonada.

Segundo a titular do Departamento de Polícia Metropolitana, delegada Ana Lúcia Moreira de Almeida, a motivação do crime seria um suposto furto que a vítima teria cometido. O africano seria dependente químico e teria furtado droga do grupo criminoso, mas foi descoberto.

Conforme o Corpo de Bombeiros, a vítima foi encontrada com sinais de tortura. Foram presos Francisco Felipe dos Santos Gomes, de 23 anos, Francisco Rômulo de Lima dos Santos, 21 e Amilson Ferreira da Silva, de 18 anos. Conforme a delegada Ana Lúcia, os três foram autuados pelo crime de organização criminosa, tráfico de drogas, pois foi encontrado um quilo de maconha com eles, além de porte ilegal de arma de fogo e por portar arma de numeração raspada.

 Crimes


 Entre os crimes apontados pela Polícia Civil como de participação da organização, um duplo-homicídio praticado no dia 22 de outubro, que vitimou Francisco Elvis Gomes da Silva, e outro homem não identificado. Ambos foram mortos e enterrados em um matagal em frente à casa de Felipe, que foi preso e é considerado o chefe da organização criminosa.

 As vítimas seriam do mesmo grupo criminoso que os assassinos, mas eram apontadas pelos criminosos como responsáveis por passar informações para um grupo rival. Já no dia 26 de agosto foram mortos Mateus de Sousa Sampaio e Francisco José dos Santos, as vítimas foram levadas do bairro Picuí e levados ao Itambé.

O quarto caso citado pelo delegado Pedro Viana é referente a outro duplo-homicídio, que aconteceu no dia 17 de setembro. Foram vítimas Regivan das Neves dos Santos e Roberto Soares Lima Filho, na Rua Santiago do Chile. A motivação desse caso seria uma vingança, pois Regivan é apontado pelos criminosos como o autor da morte do irmão de Felipe, que é chefe da organização.

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