Empresários e comerciantes são autuados após divulgação de vídeo de aglomeração
As sete pessoas suspeitas de infringir decreto estadual foram autuadas em Amontada, após vídeo mostrar aglomeração de pessoas sem máscara
Um grupo de sete pessoas, formado por empresários e comerciantes, foi autuado, nesta segunda-feira, 5, na cidade de Amontada, a 157 km de Fortaleza, por descumprimento do decreto estadual de isolamento social rígido, em vigor desde o dia 13 de março em todo Ceará. Segundo a Polícia Civil, as pessoas foram identificadas após aparecerem em vídeos, nas redes sociais, ao lado de carros de luxo, ingerindo bebida alcoólica. As imagens foram gravadas na última sexta-feira, 2.
Após identificação dos suspeitos por meio de recursos tecnológicos e de inteligência policial, o grupo foi intimado a comparecer à delegacia na manhã dessa segunda. Eles assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por infração à determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. O caso foi remetido ao Poder Judiciário, que ficará encarregado de processar e julgar os investigados. Outras pessoas também já foram identificadas e serão intimadas a prestar depoimento na delegacia.
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AssineSegundo a Polícia, era nas dunas da Praia de Moitas, em Icaraizinho de Amontada, que empresários e comerciantes locais promoviam aglomeração, sem uso de máscara. De acordo com as apurações policiais, o vídeo de quase um minuto em que os investigados aparecem foi gravado na última sexta-feira, 2, e circulou nas redes sociais.
“O colapso no sistema de saúde brasileiro não parece frear os desejos de jovens que seguem participando de festas clandestinas e pondo em risco à saúde da coletividade”, avalia a titular da Delegacia Municipal de Amontada, Flávia Fonseca. A delegada afirma que, enquanto se perder pessoas todos dias por causa da Covid-19, os policiais civis estarão sempre comprometidos com a lei e em favor da vida.
“Nós também estamos na linha de frente, nos arriscando todos os dias pela vida dos outros. O mínimo que a gente espera das pessoas é empatia e senso de responsabilidade. Não é razoável que pessoas festejem num momento tão delicado na vida de centenas de famílias enlutadas por essa doença”, completa a delegada.