Corpos de casal cearense morto no RJ são velados em cemitério no CE
Velório e sepultamento foram restritos a familiares em cemitério de Eusébio. Funeral ocorre no mesmo dia que o casal planejava regressar para FortalezaOs corpos do casal de idosos cearense assassinado a facadas no último sábado, 25, no Rio de Janeiro foram sepultados nesta terça-feira, 28, no Cemitério Jardim Metropolitano, em Eusébio, na Região Metropolitano de Fortaleza. O funeral, restrito a familiares, foi marcado por homenagens e forte comoção dos três filhos do casal. Em uma triste coincidência, o enterro ocorreu no mesmo dia em que Geraldo Pereira Coelho, 73, e Osélia da Silva Coelho,72, planejavam o retorno a Fortaleza, onde moravam.
Os dois tinham ido ao estado fluminense no dia 17 deste mês para visitar um dos filhos, o professor de inglês Felipe da Silva Coelho. Bastante abalado, ele foi um dos primeiros a comparecer ao local do velório, também realizado no cemitério. Os irmãos dele, identificados como Átila e Webster, chegaram na sequência. Durante a solenidade de honras fúnebres, antes do enterro, os três se emocionaram ao relembrar a convivência familiar com os pais.
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A imprensa, a pedido dos familiares, não teve acesso ao velório e sepultamento. Do lado externo do cemitério, no entanto, era possível perceber o clima de consternação entre aqueles que chegavam para prestar as últimas homenagens ao casal. Com abraços, apertos de mãos e a oferta de "ombro amigo", os parentes buscavam consolar uns aos outros.
Ex-genro é principal suspeito do assassinato de casal cearense
Naturais de Fortaleza, os idosos foram achados mortos na madrugada do sábado, 25, em um condomínio residencial do bairro Jardim Botânico, área nobre do Rio de Janeiro. No apartamento, residiam o filho dos idosos, o professor Felipe da Silva Coelho, e o ex-namorado dele, o oficial da Marinha Cristiano da Silva Lacerda, 40 anos. O militar é apontado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil fluminense como o principal suspeito do crime.
Ele também foi encontrado inconsciente no imóvel junto com as vítimas e segue internado em um hospital da Gávea, zona sul carioca, sob custódia policial. Segundo a Polícia Civil, Cristiano estava na cama-baú do quarto de Felipe com uma faca suja de sangue e demonstrava sinais evidentes de embriaguez. Uma garrafa de bebida alcoólica, seringas e diversas caixas de medicamentos de uso controlado foram encontrados pelos policiais no interior do imóvel.
O militar e o professor estavam separados desde o último Carnaval, em abril, após dois anos de relacionamento. Apesar do fim do namoro, eles continuavam morando no mesmo apartamento até encontrarem um novo lugar. Segundo Felipe, os dois terminaram após uma briga violenta, em que o oficial lhe deu um tapa no rosto e um soco no peito.
Na noite de sexta-feira, 24, Felipe havia deixado os pais com Cristiano para participar como convidado de um evento social em Ipanema. Ao longo da noite, segundo o professor, Cristiano começou a enviar uma sequência de mensagens relatando que a mãe dele estaria passando mal. Ele, então, retornou imediatamente ao condomínio, onde já encontrou os pais mortos no sofá-cama do apartamento.
As investigações do duplo assassinato são conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) do Rio de Janeiro, onde foi instaurado um inquérito policial sobre o caso. Uma das possíveis motivações para o ataque seria ciúmes.
Com informações da repórter Germana Pinheiro
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