Isolamento social diminuiu número de ocorrências por queda no IJF

Cerca de 30% das pessoas com mais de 60 anos caem ao menos uma vez no ano, conforme especialistas do Instituto Doutor José Frota (IJF). A participação da família na atenção aos cuidados com o idoso ajuda a evitar as fraturas por quedas

Cerca de 30% das pessoas com mais de 60 anos caem ao menos uma vez no ano, segundo especialistas do Instituto Doutor José Frota (IJF). Conforme o Instituto, as lesões graves por quedas são as principais causas de acolhimento na Unidade. Com o isolamento social houve um registro da diminuição das ocorrências de quedas.

A informação repassada ao O POVO é que, com o isolamento social, as famílias passaram a estar mais tempo em casa, mais próxima dos idosos, evitando até mesmo que essa categoria desenvolva atividades que possam desencadear esses acidentes. A expectativa é que os números voltem a crescer com o fim do isolamento.

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Nesta quinta-feira, 24, Dia Mundial de Prevenção de Quedas, especialistas alertam às situações de riscos que podem resultar em hospitalizações e até mortes. Apenas entre janeiro e maio deste ano de 2021, mais de 4.850 crianças, adultos e idosos precisaram de atendimento na emergência.

Durante todo o ano de 2020, aproximadamente 12.500 pessoas chegaram à emergência com fraturas e ferimentos de alta complexidade resultantes de quedas em acidentes domésticos, de trabalho ou mesmo após o consumo de bebidas alcoólicas em celebrações. Mesmo alto, o número registrado ano passado é 11% menor que o contabilizado em 2019, quando 14.103 novos pacientes foram atendidos.

De acordo com Raquel Pessoa, médica e geriatra, o maior público presente nas internações no IJF por quedas são os idosos. Ela destaca que a recuperação pode ser dificultada caso o paciente tenha alguma comorbidade.

"As comorbidades comuns à idade, como hipertensão, diabetes e osteoporose podem se agravar em decorrência do trauma ou durante o tratamento, dificultando ou mesmo impossibilitando uma plena recuperação", afirma a médica.

Cuidados para evitar quedas de idosos

Cuidados pessoais:
- Manter hábitos saudáveis
- Atividades físicas
- Homens e mulheres com mais de 60 anos de idade devem compreender as consequências da exposição a riscos desnecessários
- Manter o sono regulado
- Fazer acompanhamento médico
- Usar medicações corretamente
- Usar óculos de grau corretamente
- Usar calçados antiderrapantes e confortáveis

Em casa:
- Não utilizar tapetes e pisos encerados
- Evitar ambientes pouco iluminados
- Preferir cadeiras e sofás altos, fixos e com braço de apoio
- Ajustar a altura da cama e da rede

Na rua:
- Evitar sair desacompanhado
- Contornar obstáculos com segurança
- Evitar correr ou acelerar o passo
- Esperar que o veículo pare completamente antes de subir ou descer

As quedas podem trazer diversas consequências como fraturas, traumatismo craniano e o destaca à fratura no colo de fêmur: “É a que causa mais medo, pois ocasiona a diminuição da qualidade de vida do paciente. Ele fica acamado e dependente”, explica Raquel Pessoa. “As pessoas acham que cair é normal, é coisa de velho, mas não é. Com o envelhecimento há chances de aumentar as quedas, mas é possível prevenir o maior número desses acidentes”.

Outros grupos

Entre as crianças, a ocorrência de quedas pode parecer comum durante o processo de aprendizagem, com brincadeiras e jogos, que também são importantes para a formação do corpo, mas os acidentes com fraturas e lesões graves podem resultar em problemas no desenvolvimento e até causar sequelas permanentes.

Nesses casos, o cuidado e a supervisão permanente de um adulto é importante. São os pais e responsáveis que devem tornar os ambientes seguros aos pequenos.

A recomendação é a instalação de grades e redes nas janelas, barreiras de proteção em escadas e o cuidado com calçados bem amarrados e brinquedos espalhados pelo chão. Meninos e meninas devem ser ensinados a não empurrar, não dar encontrões e sobre os perigos ao subir em muros, telhados e árvores.

As quedas também estão entre os acidentes mais registrados nos ambientes de trabalho. Por isso, algumas empresas são obrigadas a fornecer e cobrar o uso dos equipamentos de proteção individual, como cintos, talabartes, botas, luvas e capacetes, dependendo dos riscos de cada atividade industrial. A hospitalização dos trabalhadores acidentados pode durar dias, meses e até anos, resultar em invalidez profissional ou mesmo em óbito.

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