Covid-19: Pacientes imunizados podem apresentar sintomas de adoecimento por até 48 horas
Se você foi imunizados contra a Covid-19 e apresentou sintomas de adoecimento como febre e dor de cabeça, em um período de até 48 horas, o infectologista, Keny Colares explica que é normal. Atenção deve ser dada em caso de persistências dos sintomas.
Após relatos de pessoas com sintomas de adoecimento (febre e dor de cabeça, por exemplo) após a aplicação do imunizante contra o coronavírus, o médico infectologista Keny Colares explicou como as vacinas podem agir no corpo humano. Em entrevista à Rádio OPOVO CBN, ele destacou que alguns sintomas podem ser normais após a aplicação das doses da vacina.
A aplicação do imunizante pode provocar os chamados efeitos gerais. Isso ocorre quando a dose da vacina aciona o sistema de defesa. “Ele (sistema imunológico) interpreta como se fosse a entrada de um vírus falso. Sempre que nosso sistema de defesa é ativado, a gente acaba tendo alguns sintomas parecidos com os de outras doenças”, explica.
De acordo com o infectologista, várias doenças de infecção causam febre, moleza, dor de cabeça e dor nas juntas, porque isso é sinal de que o nosso sistema imunológico está ligado. Não quer dizer que todo mundo que receba a dose do imunizante vai precisar apresentar sintomas como esse. “Uma determinada proporção pode ter um pouco desses efeitos, ficar um pouco indisposto. Geralmente esses sintomas duram em torno de 24 a 48 horas”, frisa.
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Sobre o imunizante contra a Covid-19, o médico conta que a vacina de vírus inativado (CoronaVac) causa menos efeitos que as vacinas AstraZeneca e a vacina Pfizer/BioNTech, que possuem outras tecnologias. Colares tranquiliza os imunizados e diz que, com um pouco de paciência e antitérmico, as pessoas conseguem superar sem maiores prejuízos. "Vale a pena o pequeno sofrimento pela grande proteção”, conta.
Ele recomenda o uso de analgésico e até dois dias de observação e repouso. Mas adverte: “Se por acaso, além da febre e da moleza aparecerem sintomas respiratórios, ou se não se resolver em até dois dias, pode ter havido a coincidência de você ter se contaminado, mais ou menos, perto de ter tomado a vacina”.
Segundo Keny Colares, em alguns casos em que os sintomas perduram e se agravam, “talvez tenha havido uma coincidência de a vacina ter batido perto de alguma infecção, ou Covid-19 ou alguma outra. Nesse caso, é interessante procurar um atendimento”. Ele também enfatiza que a recomendação é que se a pessoa está com Covid ou suspeita, ela não deve se vacinar.
Vacina reduz a chance de adoecer, mas não zera
Sobre o imunização, o infectologista afirma que a vacina garante uma maior proteção para quem receber a dose do imunizante, mas não garante que os indivíduos deixem de se contaminar, sendo necessário o uso de equipamentos de proteção como máscaras, distanciamento social e álcool em gel.
“Mesmo completamente vacinadas, uma parte da população ainda vai se contaminar com a Covid. A tendência é que a doença seja mais leve, mas ainda vai ter uma parcela de pessoas que está ficando com com a doença grave e causando óbito. A vacina reduz a chance de adoecer, mas não zera”, finaliza Keny.
Sintomas da Covid-19 que perduram
Keny fala que há alguns achados da ciência em relação a contaminação pela doença, tratados por Covid longo ou pós-agudo. Seriam casos em que que a pessoa apresenta os sintomas mesmo após a fase mais aguda, durante o período de 4 semanas até 3 meses.
O médico enfatiza que há alterações que têm sido citadas e são tratadas como sintomas (falta de disfunção, dor no corpo, falta de memória e até mudança de humor), mas que ainda há pouco conhecimento para entender exatamente o porquê isso acontece e quanto tempo vai durar.
Já no caso dos indivíduos que ainda apresentam os sintomas da doença mesmo depois de 3 meses, como quando perdura a perda de olfato e paladar, a infecção passa a ser tratada como crônica.
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