Estudantes de alguns municípios do Ceará não receberam chips por falta de sinal da operadora

Eliana Estrela, responsável pela Secretaria da Educação (Seduc), reconhece que o cenário atual serviu para acentuar desigualdades entre os estudantes.

O Governo do Estado do Ceará entrega chips com internet de até 20 GB aos estudantes da rede pública estadual de ensino para dar um suporte aos alunos nas aulas remotas. Entretanto, algumas localidades ainda estão fora da iniciativa por não terem disponibilidade de sinal para internet, de acordo com a titular da Secretaria da Educação (Seduc), Eliana Estrela, durante entrevista à Rádio O POVO CBN nesta quarta-feira, 11.

“Nós já entregamos (os chips) a todas as regionais para serem entregues às escolas e as escolas entregarem aos alunos. Os que não receberam são aqueles onde a localidade não chega esse sinal ainda. Estamos abrindo novas solicitações para ter acesso a uma operadora que possui área de cobertura para dar suporte ao restante dos municípios do Estado”, explicou.

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Em decorrência das ações da Covid-19 e do impedimento das aulas presenciais, Estela ressalta a importância de uma avaliação diagnóstica para entender o quanto foi perdido de aprendizagem e para organizar um plano de ação que recupere essas perdas. “Esse plano está sendo construído para saber como nós vamos fazer para recuperar os prejuízos no ensino estadual”, finaliza sem der mais detalhes sobre o assunto.

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De acordo com Estela, o retorno das aulas presenciais ainda parece algo inviável dadas as condições de transmissão do Covid-19. “Alguns municípios ainda não podem retornar. Não só por causa da escola, mas por causa de como o estudante chega na escola e como ele vai sair, encontrando seus pais ou avós com comorbidades, correndo o risco de transmitir em diversos espaços", ponderou.

Eliana Estrela ressalta que o cenário atual serviu para acentuar desigualdades entre os estudantes. “Nós realmente tivemos um avanço considerável na educação, principalmente nos anos iniciais e finais do fundamental. Nesses anos a gente sentiu que a desigualdade social diminuiu um pouco. Com a pandemia, a gente percebe que ela aumenta novamente. Temos feito um esforço muito grande para não deixar nenhum aluno para trás, para não perder o vínculo com o ensino”, detalha.

A secretária reconhece a importância da estrutura física e do contato presencial para os estudantes, mas ressalta que o momento ainda é de cuidado por causa da transmissão do vírus. “Essa interação entre alunos, professores, escolas e materiais faz uma diferença muito grande. Nós sabemos a importância da escola e do seu valor em transformar vidas, ensinar e realizar sonhos. Nós queremos as escolas abertas, porém, com segurança e quando de fato estiver autorizada”, finaliza.

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