Participamos do

Entidade alerta para baixo estoque de medicamentos para tratamento de HIV no Ceará

Em ofício encaminhado ao Ministério da Saúde, o núcleo cearense da Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids apresenta preocupações sobre a distribuição dos medicamentos no Estado
15:58 | Dez. 15, 2020
Autor Redação O POVO
Foto do autor
Redação O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

O núcleo cearense da Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids encaminhou um ofício ao Departamento de doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (MS) pedindo esclarecimentos do órgão federal sobre o repasse de medicamentos antirretrovirais para o Ceará.

Segundo a entidade, a dispensação de três medicamentos – Lamivudina, Raltegravir e Etravina –, foi reduzida de 90 para 30 dias e o Estado está com baixo estoque das medicações. Questionada pelo O POVO, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) do Ceará, responsável pela gestão da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica do Estado do Ceará (Coasf), explicou, por meio da assessoria de imprensa,  que o repasse dos medicamentos é feito pelo MS e que existe previsão para chegada de Lamivudina e Raltegravir para 22 de dezembro.

Para a medicação Etravirina 100mg, a previsão de renovação de estoque é para a primeira quinzena de janeiro. No ofício encaminhado ao MS, a entidade representativa das pessoas com HIV e Aids no Ceará aponta preocupação com o fornecimento de medicamentos.

LEIA MAIS | Aids: quando o preconceito vulnerabiliza mais do que o vírus

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

“Se ainda estamos em pandemia de Covid-19, em que foi informado e recomendado aos estados e municípios por este departamento [Ministério da Saúde] da dispensação de medicamentos para 90 dias, podemos em poucos dias inclusive ficar sem a dispensação, caso a medicação demore a ser enviada ao Coasf-CE”, diz o texto enviado ao órgão federal.

A entidade também chamou atenção para os testes rápidos de genotipagem para HIV, aids e hepatites virais feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), suspensos no início do mês de dezembro pelo Governo Federal. A interrupção dos exames, conforme o documento do MS, ocorreu devido ao término do contrato para a prestação dos serviços, no qual não foi renovado a tempo. Os exames de genotipagem na rede pública eram realizados por uma empresa, a Centro de Genomas, desde 2015.

Além disso, a entidade questionou as atitudes do MS “em plena campanha do Dezembro Vermelho”, ação educativa que visa propagar informações sobre a HIV e aids. Segundo a nota, as atitudes promovidas vão “na contramão dos direitos das Pessoas que Vivem com HIV/aids e viola as Leis: 9.313/96 e 12.984/14 que tanto o movimento lutou para conquistar”.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar