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Cearense com carreira no Vale do Silício dá dicas para quem deseja trabalhar no exterior

Com apenas 23 anos, Gabriel Medeiros, já passou por startups da Suécia, Alemanha, e atualmente trabalha como designer de produtos na Substack, uma empresa de tecnologia na Califórnia
13:24 | Ago. 05, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

 

Desenvolver uma carreira profissional no exterior pode ser um desafio, mas é possível. Trabalhar fora do País é um processo que envolve desde expectativas individuais até um plano cuidadoso, com avaliação de custos e metas bem definidas, segundo relata o cearense Gabriel Medeiros, que trabalha no exterior há cinco anos. De acordo com Gabriel, ele saiu de Fortaleza para estudar nos Estados Unidos, quando ainda estava no ensino médio. A oportunidade veio após muita pesquisa, garante.

“Ganhei uma bolsa para estudar em um colégio particular nos Estados Unidos. Antes disso, era um aluno normal, tinha projetos, mas era uma pessoa como qualquer outra. Fiz a pesquisa certa, aprendi inglês cedo, e ao chegar nos EUA caí de cabeça na carreira escolar”, relata. Segundo Gabriel, ainda no primeiro ano do intercâmbio, ele se envolveu com atividades do time de debates, chegando ao décimo lugar em um campeonato no Congresso Nacional Americano.

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Durante o ensino médio, Gabriel continuou a traçar planos. Entre eles, havia a vontade de permanecer com os estudos no exterior. “Apliquei para uma universidade nos Estados Unidos, mas não consegui bolsas muito boas. O real estava caindo em 2015, e foi difícil voltar para os Estados Unidos”, conta. O cearense teve que retornar para o Brasil e, durante os seis meses na terra natal, desenvolveu um aplicativo chamado iMuseum, que vendeu para o governo brasileiro.

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Também nessa época, Gabriel conseguiu ingressar para o curso de ciências da computação na Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Ele destaca que conseguia pagar os custos da faculdade com o trabalho em uma startup no país europeu, onde se tornou designer chefe. “Fiz isso por dois anos e, no último semestre, decidi abrir um outro aplicativo, de educação, que ajudava professores a criar uma sala online, com materiais e anotações. Isso funcionou muito bem, e eu consegui um emprego nessa startup nos Estados Unidos”, detalha.

Atualmente, Gabriel é designer de produtos na startup Substack, uma das mais populares no Vale do Silício, na Califórnia. Ele acrescenta que o aplicativo Barbra, que desenvolveu, tem ajudado professores de escolas públicas dos Estados Unidos a desenvolverem seus métodos de ensino pedagógicos, de uma forma mais confortável do que aquela por meio de transmissões ao vivo, por exemplo. 

Como planejar uma carreira no exterior?

Uma das principais preocupações para quem pretende iniciar uma carreira no exterior é a questão financeira. Entender os seus objetivos pessoais é o primeiro passo para um planejamento mais amplo, segundo Gabriel. “Tem que achar um lugar com a qualidade de ensino e a oportunidade de vida que você quer. A França e a Alemanha [por exemplo], têm um custo de vida muito baixo. Dá para se sustentar com um trabalho de 10h [por semana]”, afirma. Organizar as contas e juntar dinheiro para os custos da viagem, passaporte e visto, é outra indicação.

Outras barreiras podem ser a dificuldade com o idioma, que também depende de um planejamento adequado. Gabriel aconselha que as pessoas que têm interesse em trabalhar fora do Brasil comecem a estudar o idioma do país de destino o mais cedo. “Outra coisa é o choque cultural. É preciso ter muita determinação, porque o começo é difícil, um pouco solitário”, confessa. Segundo Gabriel, algumas culturas podem ser “mais frias”; contudo, a participação em eventos da faculdade ou do trabalho, pode ser um meio de superar essa “solidão” e construir uma rede de relacionamentos.

Para manter a carreira em um caminho que promova ainda mais oportunidades de crescimento, Gabriel também orienta a construção de um network, que ajuda com novas experiências e desenvolvimento pessoal. “Tudo está conectado. A construção de um network cedo, quando você chega em um novo lugar, te dá mais sucesso exponencialmente. Não só para a carreira”, finaliza.

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