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Ceará registra leve aumento na taxa de mortalidade infantil; Sesa destaca importância dos cuidados

Em meio à alta, Sesa estreia série de reportagens sobre prematuridade

O Estado do Ceará registrou aumento de 0,83% na Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) no último ano, em comparação a 2018, segundo dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Em meio a essa realidade, a Sesa estreou uma série de reportagens sobre prematuridade, na última segunda-feira, 6. O conteúdo destaca as missões dos hospitais da rede pública em salvar vidas dos que acabam de nascer.

No Estado, o aumento da taxa foi de 12 óbitos por mil nascidos vivos, em 2018, para 12,1 mortes por mil nascidos vivos, em 2019. Ao todo, foram 1.562 mortes no último ano e 1.572 registradas em 2018. A TMI corresponde a razão entre número de óbitos antes do primeiro ano de vida e o número de nascidos vivos no Estado multiplicado por mil, o que explica como índice aumentou mesmo com redução no número de óbitos. Já em relação à Taxa de Mortalidade Materna, ocorreu redução de 11,61% entre 2017 e 2018. Os dados referentes a 2019 ainda não estão consolidados e estão sujeitos à alteração, segundo a Sesa.

Considerado um importante indicador de saúde, o Índice de Mortalidade Infantil permite avaliar as condições socioeconômicas de uma população. Segundo a coordenadora do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Infantil do Estado, Liduína Rocha, a partir dos dados registrados, o Comitê analisa e recomenda aos gestores o que pode ser feito em meio ao aumento das taxas. “Para reduzirmos mortes tanto maternas como infantis é preciso que se organize, de uma forma efetiva e inteligente, a rede de cuidados. É importante termos tanto o pré-natal de risco habitual quanto o de alto risco com qualidade, com práticas baseadas em evidências científicas, e com a possibilidade de estratificação de risco e vinculação adequadas para os partos”, explica.

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O médico pediatra do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), Eugênio Pacelli, informa que dentre os principais fatores que podem causar a mortalidade infantil estão a falta de assistência às gestantes, a ausência de acompanhamento médico, desnutrição e a falta de saneamento básico no ambiente. “Se a criança não tem acesso a determinado serviço, como saneamento básico, isso está propício a ser um fator de risco”, destaca. Em relação à mortalidade materna, a falta do pré-natal é o fator que mais pode causar aumento na taxa, pontua o pediatra.

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Série de reportagens “Prematuros”

A série “Prematuros: Pequenos guerreiros, grandes vitórias” produzida pela Sesa conta com cinco reportagens que destacam as missões dos hospitais da rede pública em salvar vidas. O conteúdo está sendo divulgado desde a última segunda-feira, 6, e segue até amanhã, 10, por meio da site oficial da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará.

No material, a Sesa explica que prematuridade é um desafio que necessita de cuidados especiais, que envolvem a participação da família e de profissionais de saúde especializados, na vida dos bebês que nascem antes do tempo previsto. A precocidade é uma síndrome clínica complexa, que ocorre em todos os bebês que nascem com menos de 37 semanas, esclarece o Centro de Neonatologia do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC).

O estado prematuro é dividido em quatro categorias: prematuro extremo (bebê que nasce com menos de 28 semanas); muito prematuro (entre 28 e 32 semanas); o prematuro moderado (entre 32 e 34 semanas) e o prematuro tardio (entre 34 e 37 semanas de idade gestacional). Para cada uma delas, o tratamento é específico e individualizado, segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS).


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