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Número de jovens no ensino médio do Ceará é maior do que média nacional

No período de sete anos, entre o segundo trimestre de 2012 e 2019, houve um crescimento de 28,8% na frequência escolar entre adolescentes de 15 a 17 anos
11:18 | Nov. 23, 2019
Autor O POVO
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O índice de adolescentes entre 15 e 17 anos frequentando escolas de ensino médio é de 70% no Ceará. O número é 12% maior do que a média do Nordeste, de 58%, e 4% mais alto do que a média nacional, de 66%. Os números constam no Boletim Trimestral da Juventude, do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), que compara a taxa de frequência em longo prazo (entre 2012 e 2019) e entre os segundos trimestres de 2018 e 2019.

No período de sete anos, entre o segundo trimestre de 2012 e o segundo trimestre de 2019, houve um crescimento de 28,8% na frequência escolar desta faixa etária. Para a doutora em Educação, Rejane Bezerra, esse salto pode ser reflexo do investimento feito pelo Estado do Ceará em escolas profissionais de tempo integral. Entretanto, ela pondera que existem diversas possibilidades de análise dessa realidade.

Uma delas é o maior acesso de crianças e adolescentes na idade certa ao ensino fundamental. Em 2007, 39% dos alunos estavam alfabetizados na idade certa, em 2018 o número saltou para 90%, conforme os dados do Ipece. O Programa Alfabetização na Idade Certa começou com 14 cidades atendendo ao padrão de alfabetização até o 2º ano. Hoje, são 182.

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Para saber se a tendência de crescimento da taxa continuará pelos próximos anos, Rejane acredita que deve ser considerado o financiamento público destinado à educação, principalmente às escolas profissionalizantes e de ensino médio de tempo integral. 

Se o número de adolescentes estudando aumentou, a taxa de jovens de 15 a 29 anos que não trabalham também. Considerando o período entre 2012 a 2019, houve um crescimento de 37,7% no indicador de pessoas desocupados nesta faixa etária. Regina explica que a conclusão do ensino médio não implica que o jovem terá uma vaga no mercado de trabalho. “O que podemos observar, em termos ocupacionais, é que aumentou o índice de desemprego no Brasil nos últimos anos, atingindo jovens e adultos”, afirma.

Para que se continue incentivando a ida de adolescentes à sala de aula, Rejane acredita que é preciso a implementação de novas metodologias que compreendam os sujeitos jovens em sua totalidade. “A apreensão do conhecimento científico é apenas um dos diversos aspectos a serem contemplados na formação da juventude contemporânea”, afirma.

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