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Ceará é o 2º estado do Nordeste que mais recebe migrantes internacionais

O Estado teve a presença de 26,4 mil estrangeiros entre 2000 e 2017
23:07 | Set. 09, 2019
Autor David Moura
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Tipo Notícia

De acordo com o “Atlas Temático: Migrações Internacionais na Região Nordeste”, entre 2000 e 2017, o Ceará recebeu 26,4 mil migrantes internacionais, perdendo no Nordeste apenas para a Bahia (36,2 mil). É o que apontam o Observatório das Migrações em São Paulo (Nepo/Unicamp), o Observatório das Migrações no Estado do Ceará e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). A publicação teve o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

A região Nordeste é a terceira do Brasil com maior concentração de fluxo migratório, no qual atraiu, principalmente, migrantes europeus. Esses estrangeiros correspondem à quase metade dos países de origem analisados, com um total de 52,5 mil pessoas. 

Segundo o estudo, o Brasil se consolidou na rota das migrações internacionais, com a chegada de 1,1 milhão de pessoas em 17 anos. A publicação da Unicamp destacou possíveis “especificidades turísticas da região e de investimento do capital transnacional” como justificativa para isso.

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O levantamento permite traçar uma “nova face do fenômeno migratório” na região Nordeste, de forma a dar visibilidade às pessoas que fazem parte deste fenômeno. Além disso, serve para promover e garantir os direitos humanos desses migrantes durante a permanência nas cidades. 

O resultado é um compilado heterogêneo, com maioria masculina – 85 mil homens, no período –, pessoas com diferentes profissões e grau de instrução, que vai desde doutores até pessoas com poucos anos de escolaridade.

Refúgio

Além de fornecer dados gerais sobre os migrantes registrados no País, o atlas mostrou que, entre 1994 e 2019, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça recebeu 178 mil solicitações de refúgio. No mesmo período, 1.639 solicitações foram oriundas do Nordeste, sendo 894 do Ceará e 232 da Bahia. Os países que lideram os pedidos para a região, segundo o documento, são Venezuela e Cuba.

Em maio desse ano, cerca de 90 venezuelanos estavam vivendo em situação sub-humana no Centro de Fortaleza. Desses migrantes, 38 moram em uma estadia temporária: o Centro-Dia de Referência para Pessoas Idosas, localizado na Barra do Ceará.

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